Governo investe R$ 15 milhões em mosquiteiros para prevenir 47 cidades endêmicas em malária



O Ministério da Saúde vai repassar mais R$ 15 milhões a 47 municípios endêmicos em malária. Os recursos serão destinados às ações de instalação dos mais de 1,1 milhão de mosquiteiros impregnados com inseticidas de longa duração. Essas cidades fazem parte de um projeto para a prevenção e controle da malária em populações vulneráveis da Amazônia Brasileira, localizadas nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima. A Portaria 2.850, que autoriza o repasse desses recursos, foi publicada nessa semana no Diário Oficial da União. 

Além dos R$ 15 milhões, os municípios já receberam, pelo mesmo projeto, 194 microscópicos, 39 novas caminhonetes, 250 mil testes rápidos para diagnóstico da doença – outros 250 mil kits de testagem serão importados nos próximos meses.

Patrocinado pelo Fundo Global de Luta contra a Aids, Tuberculose e Malária, o projeto foi lançado no final de 2009 e tem a meta de reduzir os casos de malária em 50% até 2014, a contar dos dados epidemiológicos de 2007. Os principais objetivos são apoiar os municípios no controle da doença, aumentar os pontos para diagnóstico, distribuir mosquiteiros, ampliar o envolvimento das comunidades em regiões de risco e estimular o trabalho conjunto com os países vizinhos.

A Campanha de Mobilização contra a Malária, lançada neste ano, visa envolver os moradores dos 47 municípios atendidos pela iniciativa. 

Atualmente, cerca 243 milhões de casos de malária, sendo 860 mil fatais, são registrados, por ano, em todo o planeta. As regiões mais afetadas são África, América do Sul e Ásia. No Brasil, 49 milhões de pessoas vivem em áreas de risco. De janeiro a outubro deste ano, houve redução de 23% nos casos em comparação ao mesmo período de 2010.

Doença

A malária é uma doença infecciosa aguda, causada por protozoários parasitas do gênero Plasmodium. A transmissão ocorre por meio da picada da fêmea do mosquito do gênero Anopheles, que se infecta ao sugar o sangue de uma pessoa doente.

Os criadouros preferenciais do mosquito transmissor da malária são os igarapés, por suas características: água limpa, sombreada e parada. Em humanos, se não for tratada, a malária pode evoluir rapidamente para a forma grave e levar a óbito. Entre os sintomas, os mais comuns são dor de cabeça, dor no corpo, fraqueza, febre alta e calafrios. O período de incubação varia de oito a 17 dias, podendo, entretanto, chegar a vários meses, em condições especiais.

A malária tem cura e o tratamento é eficaz, simples e gratuito. No entanto, ainda não existe uma vacina disponível contra a doença. O uso de mosquiteiro impregnado com inseticida; o uso de telas nas portas e janelas; o uso de repelente e, ainda, evitar locais de banho em horários de maior atividade do mosquito - manhã e final da tarde – são exemplos de medidas que devem ser adotadas para evitar a transmissão.

Fonte:
Ministério da Saúde



09/12/2011 20:58


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