SP investe R$ 35,8 milhões para tratar 100% do esgoto de 14 cidades



Liberação de verba foi anunciada nesta sexta-feira, 9, pelo governador Serra em Rancharia, onde inaugurou 2 ETEs

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Atualizada às 17h42

O governo do Estado aplicará R$ 35,8 milhões na construção de Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) em 14 cidades, o que permitirá tratar 100% do esgoto desses municípios. A autorização para liberação imediata do montante partiu do governador José Serra nesta sexta-feira, 9, durante a inauguração de duas ETEs no município de Rancharia, no oeste paulista. “Trata-se de uma medida de apoio por parte do governo estadual para que se tenha boas condições sanitárias nessas cidades. São obras que pesam na qualidade de vida da população com mais saúde e benefício direto ao meio ambiente”, disse Serra.

Veja tabela com os municípios beneficiados

O recurso vai beneficiar cerca de 270 mil paulistas em cidades como Américo Brasiliense, na região de Araraquara, e Palmital, na região de Marília. Somente no caso da primeira cidade, Serra assinou convênio que prevê investir R$ 5,4 milhões. A liberação de recursos também contempla cidades como a pequena Pontal, na região de São José do Rio Preto, que receberá do orçamento estadual R$ 1,6 milhão. “Os investimentos por si só garantem a qualidade da água e um futuro sustentável nas cidades contempladas”, afirmou a secretária estadual de Saneamento e Energia, Dilma Seli Pena, que acompanhou o governador.

A verba integra uma parcela do orçamento do Programa Água Limpa, criado pelo governo estadual em 2005 para atender os municípios com até 30 mil habitantes, não operados pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). Em todo Estado, das 645 cidades, 195 têm esse perfil. Desse total, 109 estão sendo atendidas pelo Programa desde 2005, num investimento que chega a R$ 156,6 milhões. Outros 86 aguardam liberação de recursos.

Água Limpa

Pelo programa, o esgoto coletado nas residências é levado por meio de redes até a ETE formada por três lagoas interligadas. Na primeira lagoa chega o esgoto bruto, composto por 99% de água e 1% de sólidos, formando uma massa líquida densa e de cor negra, com total ausência de oxigênio. Após cinco dias, as bactérias anaeróbicas consomem a matéria orgânica e eliminam parte dos sais minerais.

Depois desse período, o efluente é automaticamente levando para a segunda lagoa. O oxigênio dissolvido permite a presença de bactérias aeróbicas (sobrevivem respirando oxigênio) que consomem matéria orgânica ainda presente e eliminam sais minerais, NPK. Este efluente permanece ali por 25 dias e sairá com menos 85% da carga poluidora (DBO). Já na terceira lagoa os coliformes fecais são eliminados e a água  começa a apresentar transparência com condições ambientais adequadas à sobrevivência de flora/fauna aquática. Desta lagoa o efluente já tratado é lançado no corpo receptor, um rio ou um córrego.

Novas ETEs

Antes de deixar Rancharia, Serra inaugurou a ETE do distrito de Gardênia. Com investimento de R$ 499,3 mil, essa estação vai levar coleta e tratamento de esgoto para uma população rural que não tinha atendimento. Ainda em Rancharia, o governador também descerrou a placa de inauguração da ETE do distrito de Balneário, na qual foram aplicados R$ 447,4 mil. Ainda em Rancharia, o governo estadual mantém obras para construção de uma ETE no distrito de Ajicê. Somados, os investimentos chegam a R$ 1,5 milhão e beneficiam cerca de 25 mil pessoas no município.

Serra também descerrou placas simbólicas de inauguração de 12 obras do Água Limpa, cujos recursos chegaram a R$ 6,7 milhões, beneficiando diretamente 94 mil pessoas que passam a contar com 100% de esgotos tratados, sinônimo de melhoria na qualidade de vida destes moradores.

Autorização

Serra lembrou também que na segunda semana de abril assinou despacho publicado no Diário Oficial com a autorização para assinatura de convênios em obras de saneamento (Atendimento aos Municípios e Sanebase) para 12 municípios do Estado.

Estes municípios serão beneficiados com R$ 2,2 milhões que devem ser investidos em melhorias nos sistemas de abastecimento de água e esgotos, perfuração de poços profundos, realização de obras de canalização de córregos, proteção de margens, combate à erosão e construção de galerias de águas pluviais.

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Cleber Mata

(I.P.)



05/09/2008


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