Governo muda acordo e a greve do INSS pode voltar
O Ministério do Planejamento mudou os termos do acordo assinado terça-feira entre servidores e o ministro da Previdência, Roberto Brant.
Na tabela refeita pela equipe econômica, a gratificação por desempenho caiu até 20% e parte dos servidores passa a ter reajuste de 3,5%, quando o acordo estipulou 11,5% de aumento para todos os funcionários.
Brant promete procurar o ministro do Orçamento, Martus Tavares, para tentar retomar a redação original do projeto. Servidores ameaçam voltar à grave já na semana que vem. (pág. 1 e 3)
O coordenador da UFRJ Maurício Tolmasquim disse que o Rio foi mais atingido, pois o consumo cresce 30% no verão. (pág. 1 e 25)
O otimismo fez o dólar cais, 1,26%, negociado a R$ 2,504, a menor cotação desde 16 de agosto. Já a Bovespa fechou o dia com alta de 3,10%. (pág. 1 e 27)
EDITORIAL
"Para pensar" - O debate sobre a punição aos usuários de drogas consideradas leves, mais especificamente a maconha, é antigo. Ele foi semeado faz tempo na sociedade. (...)
A discussão subiu de temperatura com a aprovação, por unanimidade, pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado, de um projeto de lei do deputado Elias Murad que ameniza a punição do usuário de maconha.
Não chega a ser a tal descriminação, na prática a liberdade ao consumidor da erva. (...)
Achar que o assunto pode ser resolvido pelo delgado mais próximo, ou por punições como a aplicada a Soninha, é praticar o esporte da hipocrisia. (...)
Problema sociais já foram tratados como caso de polícia. Não se pode cometer o mesmo erro duas vezes na História. (pág. 6)
COLUNAS
(Panorama Político - Tereza Cruvinel) - O que há de novo no processo de escolha do candidato do PSDB à Presidência é a caça ao voto de convencionais deflagrada pelo governador Tasso Jereissati e bem explicitada em sua reunião de anteontem com tucanos de Minas. A decisão no voto, e não segundo critérios estritamente políticos, é sempre o mais perigoso dos caminhos, pelo risco de levar também à trilha da dissidência. (...) (pág. 2)
(Nhenhenhém - Jorge Bastos Moreno) - Garotinho recebeu, há poucos dias, um telefonema: "Governador, estou aqui sozinho no Alvorada... a Ruth viajou. Que tal o senhor vir aqui para a gente conversar?"
Nem poderia ser outra a reação de quem nunca fora brindado com tal deferência:
"Por quê? Algum problema, Presidente?"
"Não, nenhum. Nunca conversamos e acho que chegou o momento". (...)
Garotinho chegou às 21h e saiu à meia-noite. Nas despedidas, FH finalmente pergunta se ele vai ser mesmo candidato. Garotinho diz que está esperando para ver. E aí FH fez uma dura e cruel análise de sua realidade política:
"Eu acho que você deve ser. Estou praticamente sem opções. O meu candidato não decola, o Ciro me quer morto e o Itamar, na cadeia, o PT nem se fala. Preciso de opções". (...) (pág. 3)
(Ancelmo Gois) - O encarregado de negócios do governo americano no Brasil, Cristobal Orozco, foi convocado formalmente a ir ao Itamaraty quinta-feira.
Recebeu um pito (na língua diplomatês é a manifestação de desagravo) por ter dado declarações respondendo ao presidente FH que, num discurso no Rio na Conferência Parlamentar das Américas, manifestou temor que depois dos atentados de 11 de setembro os EUA não priorizem o combate à miséria e sim ao terrorismo.
Foi de 6,6% o índice de desemprego em outubro medido pelo IBGE.
Subiu em relação a setembro (6,2%).
Mas desde 1997 é a menor taxa num mês de outubro (em 2000 foi de 6,8%). (pág. 16)
11/24/2001
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