Governo muda acordo e a greve do INSS pode voltar



Governo muda acordo e a greve do INSS pode voltar

O Ministério do Planejamento mudou os termos do acordo assinado terça-feira entre servidores e o ministro da Previdência, Roberto Brant.

Na tabela refeita pela equipe econômica, a gratificação por desempenho caiu até 20% e parte dos servidores passa a ter reajuste de 3,5%, quando o acordo estipulou 11,5% de aumento para todos os funcionários.

Brant promete procurar o ministro do Orçamento, Martus Tavares, para tentar retomar a redação original do projeto. Servidores ameaçam voltar à grave já na semana que vem. (pág. 1 e 3)


  • O Governo federal poderá rever a nova meta de redução do consumo de energia se ficar constatado que municípios turísticos como o Rio serão prejudicados. A informação foi dada ontem pelo ministro de Minas e Energia, José Jorge, ao rebater críticas sobre o fato de a base de cálculo da meta de verão ter sido o gasto no inverno.

    O coordenador da UFRJ Maurício Tolmasquim disse que o Rio foi mais atingido, pois o consumo cresce 30% no verão. (pág. 1 e 25)


  • O mercado teve ontem um dia de euforia. A informação de que a AmBev vai captar US$ 1 bilhão no exterior animou os operadores sobre as perspectivas de empresas brasileiras obterem recursos no mercado externo.

    O otimismo fez o dólar cais, 1,26%, negociado a R$ 2,504, a menor cotação desde 16 de agosto. Já a Bovespa fechou o dia com alta de 3,10%. (pág. 1 e 27)


  • Pelé fará uma queixa crime contra Hélio Viana, seu ex-sócio, a quem acusa de desfalques na Pelé Sports & Marketing, inclusive dos US$ 700 mil para um evento do Unicef. (pág. 1 e 37)


  • Roseana Sarney só conseguiu 17% na pesquisa do Ibope para a sucessão presidencial porque o PFL a vende como uma Madre Tereza de Calcutá, afirmou ontem o provável candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva. Para ele, a governadora não conseguirá manter o desempenho depois que as mazelas do estado que governa forem reveladas. (pág. 2 e 9)


  • As duas irmãs de Wagner dos Santos, a principal testemunha da chacina da Candelária, foram deportadas da Suíça, para onde viajaram a fim de visitar o irmão, por terem, segundo elas, sido confundidas com prostitutas. Patrícia e Sônia chegaram ontem ao Rio. A ONG Comitê pela Vida disse que elas não entraram no país por falta de autorização para visitar um exilado. (pág. 2 e 23)


  • A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) vai questionar judicialmente o projeto que muda a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), caso ele seja aprovado na Câmara, na próxima semana. Na terça-feira, sindicalistas farão vigília nos principais aeroportos do País para pressionar os parlamentares que viajarem a Brasília a votar contra o projeto. (pág. 2 e 29)


  • A Câmara de Medicamentos vai investigar 18 laboratórios que subiram os preços de 32 remédios acima do autorizado pelo Governo. Na próxima semana, a Câmara vai instaurar processos administrativos contra outras 13 indústrias que arredondaram para cima os preços de 182 produtos. Os reajustes foram constatados nas novas revistas recebidas pelas farmácias. (pág. 2 e 29)



    EDITORIAL

    "Para pensar" - O debate sobre a punição aos usuários de drogas consideradas leves, mais especificamente a maconha, é antigo. Ele foi semeado faz tempo na sociedade. (...)

    A discussão subiu de temperatura com a aprovação, por unanimidade, pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado, de um projeto de lei do deputado Elias Murad que ameniza a punição do usuário de maconha.

    Não chega a ser a tal descriminação, na prática a liberdade ao consumidor da erva. (...)

    Achar que o assunto pode ser resolvido pelo delgado mais próximo, ou por punições como a aplicada a Soninha, é praticar o esporte da hipocrisia. (...)

    Problema sociais já foram tratados como caso de polícia. Não se pode cometer o mesmo erro duas vezes na História. (pág. 6)



    COLUNAS

    (Panorama Político - Tereza Cruvinel) - O que há de novo no processo de escolha do candidato do PSDB à Presidência é a caça ao voto de convencionais deflagrada pelo governador Tasso Jereissati e bem explicitada em sua reunião de anteontem com tucanos de Minas. A decisão no voto, e não segundo critérios estritamente políticos, é sempre o mais perigoso dos caminhos, pelo risco de levar também à trilha da dissidência. (...) (pág. 2)



    (Nhenhenhém - Jorge Bastos Moreno) - Garotinho recebeu, há poucos dias, um telefonema: "Governador, estou aqui sozinho no Alvorada... a Ruth viajou. Que tal o senhor vir aqui para a gente conversar?"

    Nem poderia ser outra a reação de quem nunca fora brindado com tal deferência:

    "Por quê? Algum problema, Presidente?"

    "Não, nenhum. Nunca conversamos e acho que chegou o momento". (...)

    Garotinho chegou às 21h e saiu à meia-noite. Nas despedidas, FH finalmente pergunta se ele vai ser mesmo candidato. Garotinho diz que está esperando para ver. E aí FH fez uma dura e cruel análise de sua realidade política:

    "Eu acho que você deve ser. Estou praticamente sem opções. O meu candidato não decola, o Ciro me quer morto e o Itamar, na cadeia, o PT nem se fala. Preciso de opções". (...) (pág. 3)



    (Ancelmo Gois) - O encarregado de negócios do governo americano no Brasil, Cristobal Orozco, foi convocado formalmente a ir ao Itamaraty quinta-feira.

    Recebeu um pito (na língua diplomatês é a manifestação de desagravo) por ter dado declarações respondendo ao presidente FH que, num discurso no Rio na Conferência Parlamentar das Américas, manifestou temor que depois dos atentados de 11 de setembro os EUA não priorizem o combate à miséria e sim ao terrorismo.


    Foi de 6,6% o índice de desemprego em outubro medido pelo IBGE.

    Subiu em relação a setembro (6,2%).

    Mas desde 1997 é a menor taxa num mês de outubro (em 2000 foi de 6,8%). (pág. 16)




    11/24/2001


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