Governo quer ajuste de alíquotas com base no faturamento das empresas do Supersimples
O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, declarou nesta terça-feira (9) que o governo propôs para o Supersimples mudança de alíquota na cobrança dos impostos por faixa de faturamento após o aumento do teto de enquadramento no programa, de R$ 2,4 milhões para R$ 3,6 milhões. Com isso, uma empresa com faturamento de R$ 2,4 milhões, que antes pagava imposto de 11,61%, terá a alíquota reduzida para 10,23%.
Barbosa disse que não se trata de uma redução das alíquotas, mas, sim, de ajuste das tabelas. A correção das tabelas do Superimples foi acertada com a Frente Parlamentar Mista das Micro e Pequenas Empresas e ainda precisa passar pelo Congresso Nacional, como alteração na Lei Geral da Micro e Pequena Empresa.
“Na prática, pode significar desoneração, com redução da alíquota, dependendo da faixa em que [a empresa] se enquadra. As alíquotas continuam as mesmas”, explicou o secretário executivo.
Com a correção do teto de faturamento das empresas beneficiadas pelo Simples Nacional, os empreendedores vão poder faturar mais e continuar dentro do programa de pagamento simplificado de tributos. O aumento do limite de renda bruta anual em 50%, para fins de enquadramento no sistema simplificado de tributação, pode resultar na adesão de até 30 mil novas empresas, de acordo com o secretário executivo do Comitê Gestor do Simples Nacional, Silas Santiago.
Além disso, o acordo vai beneficiar as micro e pequenas empresas exportadoras. “É uma medida importante a isenção para exportações. Algumas empresas do Simples, quando vão exportar, [o faturamento] pode colocá-las facilmente fora do Simples”, disse Barbosa. Dessa forma, os embarques externos das empresas que somarem até R$ 3,6 milhões vão poder ser somados aos vendidos no mercado interno, sem serem excluídos do programa.
As mudanças vão resultar em abandono fiscal de 4,8 bilhões por ano. Desse valor, um total R$ 4,4 bilhões é referente à correção do limite de faturamento das micro e pequenas empresas. O restante é equivalente ao aumento de 67% do limite da receita bruta anual do microempreendedor individual (MEI), que passou de R$ 36 mil para R$ 60 mil.
Fonte:
Agência Brasil
09/08/2011 20:16
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