Grupo na faixa de 80 anos foi o que mais cresceu entre os idosos no país, informa IBGE



A participação de pessoas com mais de 80 anos de idade na composição da sociedade brasileira foi a que mais cresceu entre os grupos etários de idosos citados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo intitulado Síntese de Indicadores Sociais, publicado em 2006, aponta a existência de 2,4 milhões de brasileiros octogenários em 2005, que representam 1,3% da população. Em 1995, esses idosos eram 0,9%.

A PNAD utiliza o conceito de idoso das Nações Unidas para países em desenvolvimento - consagrado, no Brasil, com o Estatuto do Idoso, de 2003 - que considera idosas as pessoas com 60 anos de idade ou mais. A PNAD indica que o número de pessoas de 60 anos ou mais é de 18,2 milhões, correspondendo a quase 10% da população brasileira. Esse grupo, que cresce a cada ano, aumentou em mais de cinco milhões de pessoas, no período compreendido entre 1995 e 2005.

Em todas as faixas medidas pela PNAD cresceu o percentual de idosos na população, em relação à pesquisa feita em 1995. Os que têm entre 75 e 79 anos representavam o mesmo número de idosos acima de 80 anos, mas sua participação no contingente da população em 1995 era de 1%. Na faixa entre 70 e 74 anos, os idosos somavam 3,32 milhões em 2005 e atingiam 1,8% do total da população (1,5% em 1995). Os que tinham entre 65 a 69 anos somavam 4,42 milhões e representavam 2,4% da população (2,2% em 1995); Já os que têm entre 60 e 64 anos somavam há dois anos 5,53 milhões de pessoas, ou 3% dos brasileiros em 2005 (2,6% em 1995).

Segundo o IBGE, os avanços médicos e melhorias nas estruturas sociais proporcionam ganhos de sobrevida e têm como conseqüência esse aumento da longevidade da população idosa no Brasil. O grupo formado por pessoas acima de 80 anos, segundo o IBGE, é composto, em sua maioria, pelas mulheres.

A razão é de 62 homens para cada 100 mulheres nesse grupo. De acordo com dados do IBGE, nas regiões metropolitanas de Porto Alegre, Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro e Recife, o número de idosas mais velhas é mais que o dobro do número de homens idosos do mesmo grupo, indicando uma concentração feminina nos grandes centros urbanos.

Em 1995, os estados com maiores proporções de idosos eram a Paraíba, com 11%, seguido do Rio de Janeiro, com 10,8%, e Rio Grande do Sul, com 10,1%. Já em 2005, a proporção de idosos no Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul alcançou 13,5% e 12,3%, respectivamente. Os estados de São Paulo e Minas Gerais ficaram, em 2005, ambos com 10,5%, ultrapassando a Paraíba, que apresentou um decréscimo no número de idosos, ficando com 10,1%.

O processo de envelhecimento dos estados da Região Sul tem como tendência a queda da fecundidade e os baixos níveis de mortalidade, segundo dados do IBGE. Ainda segundo essa instituição, um fator explicativo para a queda do número de idosos na Paraíba pode ser atribuído às mudanças ocorridas no fluxo migratório ocorrido naquele estado nos últimos anos.

Aposentados

A proporção de aposentados e pensionistas no Brasil é de 78,2% e de aposentados é de 65,3%, conforme os dados do IBGE. A proporção de homens pensionistas ainda é muito pequena: de apenas 3,2% contra 33,3% de mulheres nesta condição, segundo dados do IBGE. O Nordeste é a região com maior proporção de aposentados: 72,2%, o que pode ser explicado pela aposentadoria rural, que é representativa nessa região.

Foram registrados em 2005 cerca de 19% de idosos ocupados e aposentados, o que corresponde a 3,4 milhões de pessoas. Esse indicador é mais representativo entre os idosos de 60 a 69 anos.

A proporção de idosos ocupados no mesmo ano foi de 30,2% do total de idosos, atingindo em torno de 5,6 milhões de pessoas. A proporção é maior no grupo de 60 a 64 anos, com destaque para o Nordeste, que alcança 53,1%. Os homens idosos trabalham mais do que as mulheres: 43% contra quase 20%. Entre os idosos do sexo masculino com idade acima de 70 anos, quase 28% estavam no mercado de trabalho. No Sul, esse percentual sobe para 36,4%.



23/01/2007

Agência Senado


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