Habitação assina convênio com 47 prefeituras para construir 6,1 mil moradias
Investimento previsto é de R$ 153,5 milhões para o novo programa
O secretário de Estado da Habitação e presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), Lair Krähenbühl, assinou ontem, 24, em São Paulo convênio com prefeitos de 47 municípios paulistas para construção de 6.176 unidades habitacionais. Os acordos fazem parte do "Programa de Parceria com Municípios", que absorve o Autoconstrução (Habiteto) e outras modalidades adotadas para a edificação de moradia populares. O imóveis vão ser construídos com recursos da CDHU, em terrenos doados pelo municípios. O investimento previsto é de R$ 153,5 milhões.
Esse é o segundo evento de assinatura do novo programa, que absorve o Autoconstrução (Habiteto) e outras modalidades adotadas para a edificação de moradias populares. No início deste mês, a Secretaria da Habitação firmou convênios com outros 33 municípios. Com os acordos de hoje, já são 80 cidades que formalizaram parceria para a produção de um total de 8.993 unidades habitacionais. Os empreendimentos serão construídos com recursos da CDHU, em terrenos já doados pelo municípios.
Durante a solenidade, o secretário Lair Krähenbühl apontou as principais mudanças no programa. "Nós aperfeiçoamos o que era necessário: assumimos a infra-estrutura, mudamos os projetos, colocando aquecedores solares em todas as unidades, além de muros e lajes, e faremos um plano de trabalho com o município para regularizar os conjuntos antigos", afirmou o secretário.
A primeira mudança citada pelo secretário foi a infra-estrutura, que inclui serviços de terraplanagem, redes de água e esgoto, pavimentação, calçamento e iluminação pública, e passará a ser executada com recursos do Estado. Do total de R$ 153,5 milhões estimados, cerca de 20% será voltado para a execução desses serviços. Com isso, as prefeituras deverão canalizar seus esforços e recursos para o planejamento e execução de um trabalho social que englobe projetos de capacitação profissional e educação ambiental, desde o início da construção dos conjuntos até a pós-ocupação dos imóveis. Essa contrapartida, que não havia anteriormente, visa assegurar a sustentabilidade socioeconômica e ambiental dos conjuntos habitacionais. "O trabalho social é fundamental nesta administração. É importante continuar promovendo a mudança, orientando, capacitando, ajudando na organização da sociedade e do condomínio. Em cada cidade, será indicado um agente da habitação pela prefeitura, que terá contato direto com a diretoria da CDHU", destacou o secretário Lair Krähenbühl.
Uma das principais inovações do programa é a regularização fundiária. O objetivo é garantir o título de propriedade aos mutuários após a quitação do financiamento do imóvel. Os empreendimentos somente serão iniciados após aprovação dos projetos pela prefeitura e, quando necessário, pelo Grupo de Análise e Aprovação de Projetos Habitacionais (Graprohab), órgão vinculado à Secretaria da Habitação, cuja atribuição é aprovar os empreendimentos junto a outros órgãos do Estado. Para facilitar a ação das prefeituras nesse trabalho, o governador José Serra aprovou em agosto decreto reestruturando o Graprohab e estabelecendo prazo máximo de 30 dias para análise e aprovação de projetos habitacionais de interesse social.
Outra exigência para que os municípios possam receber novos recursos é o investimento na regularização dos conjuntos da CDHU já concluídos e que estejam em situação irregular. Para isso, foi instituído pelo Estado o Programa "Cidade Legal", cujo objetivo é otimizar esforços para a regularização de empreendimentos existentes.
Conforme destacou Krähenbühl, as prefeituras poderão decidir a modalidade de construção mais adequada à sua condição. Poderão optar pela administração direta da obra, por empreitada, ou pelo sistema de autoconstrução, com participação da comunidade. Os municípios também têm autonomia para propôr mudanças nas tipologias desenvolvidas pela CDHU, desde que assumam um eventual acréscimo no investimento previsto.
O programa também introduziu várias melhorias estruturais e de acabamento nos projetos, visando aprimorar a qualidade e habitabilidade dos imóveis. Plantas com três dormitórios, laje, muro divisório entre as casas, azulejo na cozinha e no banheiro, piso, cobertura para área de serviço, abrigo para botijão de gás e aquecedor solar são alguns exemplos. Os materiais empregados deverão atender aos padrões do Qualihab. Se preferir, o município poderá optar pela utilização de alguns itens fornecidos pela CDHU. Nesse caso, o valor será abatido do repasse ao município.
Com as inovações no padrão de construção e com o aporte de recursos do Estado para infra-estrutura, o valor base para um imóvel de dois dormitórios aumentou de R$ 16 mil para R$ 23,5 mil. No de três dormitórios, passa para R$ 25,5 mil. No entanto, o preço final para a população será menor. Isso porque o Governo do Estado concede um subsídio aos mutuários, estabelecido de acordo com a renda familiar.
Da Secretaria Estadual da Habitação
(S.M.)
09/25/2007
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