Haddad falará ao Senado sobre falhas no Enem



O ministro da Educação, Fernando Haddad, deverá comparecer na próxima semana à Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), para prestar esclarecimentos a respeito de falhas na execução do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), no último final de semana. A comissão aprovou nesta terça-feira (9) requerimento de convite do ministro, apresentado pela senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) e também subscrito pelo líder do governo no Senado, senador Romero Jucá (PMDB-RR).

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Ao apresentar seu requerimento, a senadora observou que ocorreram diversos problemas na aplicação do exame, como a troca de cadernos de questões. Ela lembrou já ter pedido, sem êxito, a presença do ministro no ano passado, para comentar os problemas ocorridos na aplicação anterior do Enem. E recordou ainda o vazamento de informações pessoais de 12 milhões de alunos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão do ministério responsável pelo exame.

- Quase quatro milhões de alunos prestaram o exame neste ano. E não ouvi até agora do ministro uma palavra dirigida a esses jovens, inclusive sobre a atitude a tomar. As questões levantadas são extremamente graves. E o Enem tem de servir para melhorar a qualidade de ensino - disse Marisa.

Logo no início da reunião, Romero Jucá adiantou que o ministro tem intenção de "prestar os esclarecimentos necessários" a respeito dos problemas verificados durante a aplicação do último exame. Ele informou ainda que Haddad estaria à disposição para comparecer ao Senado na próxima semana.

A presidente da comissão, senadora Fátima Cleide (PT-RO), disse que também conversou com Haddad, e que este mais uma vez se colocou à disposição para conversar com os senadores a respeito do tema. Para o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), o ministro é "o primeiro a querer prestar esclarecimentos" a respeito do exame, especialmente depois da decisão da juíza Karla de Almeida Miranda Maia, da 7ª Vara Federal do Ceará, de suspender a prova do Enem.

A senadora Ideli Salvatti (PT-SC) saiu em defesa do exame. Ela recordou que apenas 5,2 milhões de brasileiros frequentam atualmente cursos de ensino superior, uma "parcela ínfima" da população nacional. Ela ressaltou a inclusão social promovida pelo Enem e alertou para o risco de se "jogar fora um dos instrumentos de democratização do acesso à universidade no país".

Por sua vez, o senador Paulo Paim (PT-RS) elogiou o ministro da Educação e afirmou que, se dependesse dele, Haddad permaneceria no cargo no próximo governo.



09/11/2010

Agência Senado


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