HC-SP inaugura moderno serviço de radioterapia
Parceiros investem quase R$ 4 milhões na aquisição de novos aparelhos
Equipamentos modernos e reformas no serviço de radioterapia do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) garantirão melhor tratamento radioterápico para pacientes com câncer, provenientes do sistema público de saúde. O novo serviço de radioterapia do Instituto de Radiologia (InRad) do HC será inaugurado oficialmente segunda-feira, 28 de julho.
A Fundação Faculdade de Medicina, que administra a FMUSP, e o governo do Estado de São Paulo, investiram quase R$ 4 milhões nas modernizações, concluídas neste ano. O setor atenderá os pacientes em tratamento nos demais institutos do complexo HC.
O setor recebe três novos equipamentos chamados aceleradores (um aparelho de G Doppler de 15 e 6 Megaeletrovolts (MeVs) e dois com 6 MeVs) e um aparelho utilizado na braquiterapia. Todos são empregados no tratamento do câncer.
Especialistas afirmam que o aparato tecnológico eleva significativamente o padrão de qualidade e de sofisticação do atendimento da radioterapia do HC, pois as novas técnicas permitem ação mais concentrada sobre o tumor, poupando os tecidos normais.
“Assim, aumentamos o índice de cura, de controle local, e os pacientes têm muito menos seqüelas”, afirma o professor Wladimir Nadalin, diretor do serviço de radioterapia do HC.
O diretor informa que um desses novos aceleradores estará exclusivamente dedicado à radiocirurgia e à radioterapia com Intensidade Modulada de Feixe de Radiação (IMRT). “Em conjunto com a neurocirurgia do HC, realizamos o primeiro procedimento de radiocirurgia em instituição pública, para tratamento de tumores cerebrais, malignos ou benignos e, apesar da nossa alta demanda, estabelecemos um novo padrão de atendimento no serviço público”, enfatiza.
Custo elevado – A médica Rosângela Villar destaca que a técnica de radiocirurgia restringe o tratamento ao tumor e possibilita mais precisão na aplicação da dose. Como o procedimento é inovador, existe em poucos hospitais privados do Brasil.
“Com os novos equipamentos ainda poderemos aplicar a IMRT, um recurso de radioterapia que desvia ainda mais o feixe de radiação dos tecidos normais que estão em volta, concentrando a dose apenas sobre a lesão e poupando os órgãos”, explica a médica. No caso de lesões cerebrais, até hoje, a técnica só era empregada em hospitais privados, por elevado custo.
A radiocirurgia é indicada para tratar malformações arteriovenosas inoperáveis, metástases cerebrais, vários tipos de câncer e algumas doenças benignas. Ou seja, casos cuja lesão é bem pequena e apresenta comportamento pouco agressivo.
Outro ganho com essa atualização está no ensino na FMUSP. “Somos um dos poucos centros do Brasil que formam físicos especializados em radioterapia na área médica”, informa o professor Nadalin.
Da Agência Imprensa Oficial
(M.C.)
07/26/2008
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