Hélio Costa lembra morte de Tiradentes e de Tancredo
Ao registrar os 212 anos da morte de Tiradentes, neste 21 de abril, o senador Hélio Costa (PMDB-MG) disse lembrar da data de uma forma melancólica, porque também marca o falecimento do ex-presidente Tancredo Neves. O parlamentar lembrou a participação ativa de Tancredo na campanha pelas volta das eleições diretas para a Presidência da República, que está completando 20 anos neste mês, e acrescentou que a luta de Tiradentes ainda é atual, ao relacionar a dívida de Minas Gerais com o governo federal e a obrigação que os mineiros tinham de enviar ouro a Portugal.
Citando o historiador Gerson Brasil, o senador recordou que, em 1788, o visconde de Barbacena chegou a Vila Rica (hoje Ouro Preto) com ordens expressas para aplicar o alvará de dezembro de 1750, segundo o qual Minas precisava pagar cem arrobas ou 1.500 quilos de ouro por ano para a Coroa. Caso não fosse atingida a meta estabelecida, seria feita a derrama, um imposto extra cobrado de toda a população até que o montante de cem arrobas fosse recolhido.
Hoje, 212 anos depois, Minas Gerais continua a ser reprimida pela obrigação de enviar seus recursos ao governo central, disse o senador ao se referir à remessa de 13% de tudo o que o estado arrecada para pagar sua dívida com o governo federal, contraída por inúmeros governadores anteriores a 1989. De acordo com Hélio Costa, essa dívida soma hoje R$ 35 bilhões, impossibilitando que o estado invista em educação, saúde e infra-estrutura.
- Essa é a derrama moderna, que impede o nosso estado, mais uma vez, de poder fazer as obras necessárias - afirmou.
20/04/2004
Agência Senado
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