Hélio Costa lamenta morte de jornalistas no Iraque
O senador Hélio Costa (PMDB-MG) manifestou sua preocupação e horror com o andamento da guerra no Iraque, em especial com a violência contra crianças, velhos e jornalistas. Doze profissionais já foram mortos em apenas vinte dias de conflito.
- Ontem (segunda-feira), um tanque norte-americano disparou contra o Hotel Palestina, onde todos sabem que os jornalistas de todo o mundo estão concentrados. Isso é tradição nos conflitos armados, funcionando como uma proteção para esses profissionais. A explicação do comando norte-americano foi esdrúxula: o tanque estava respondendo a fogo inimigo. Será que alguém atirou da janela do hotel? - perguntou.
Como resultado dessa ação, mais três jornalistas morreram, afirmou. Para ele, o que está acontecendo em Bagdá -não tem mais lógica, se é que uma guerra alguma vez teve lógica-. Como sempre acontece, frisou o senador, a primeira vítima é a verdade.
Hélio Costa também lamentou que a TV norte-americana não esteja mostrando as cenas mais cruentas da guerra, a seu ver, a única maneira de sensibilizar a opinião pública do país a pressionar o governo para acabar com a guerra. -Foi assim no Vietnam-, disse, lembrando que, como jornalista e correspondente estrangeiro, cobriu as guerras do Vietnam, El Salvador e Líbano.
- Não me lembro de ter presenciado tanto horror como o que estou vendo nas TVs do mundo árabe. Faço um apelo para que o Senado brasileiro possa fazer algo para abreviar tanto sofrimento - concluiu Hélio Costa.
Presidindo a sessão plenária, o 1º vice-presidente, Paulo Paim (PT-RS), associou a Mesa do Senado ao protesto contra a guerra e à solidariedade com as vítimas civis e jornalistas.
08/04/2003
Agência Senado
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