HELOÍSA HELENA HOMENAGEIA CARLOS MARIGHELA



Os 30 anos da morte do líder revolucionário Carlos Marighela, assassinado na Alameda Casabranca, em São Paulo, em 4 de novembro de 1969, foram lembrados nesta quinta-feira (dia 4) pela senadora Heloísa Helena (PT-AL), em discurso no plenário. Ela informou que no mesmo momento estava sendo realizada uma homenagem a Marighela no local de sua morte, onde a viúva, Clara Charf, familiares e militantes depositaram flores em memória do líder morto.
A senadora fez um breve histórico da vida de Marighela, filho de imigrante italiano e mãe negra, nascido em 5 de dezembro de 1911, em Salvador, onde ingressou no curso de Engenharia e filiou-se ao Partido Comunista. Preso em 1933 pela polícia de Filinto Müller, foi anistiado em 1937 e, já em São Paulo, com a redemocratização de 1946, assumiu o mandato de deputado federal constituinte, lembrou a senadora. Poucos anos depois, em 1948, teve o mandato cassado pelo governo Eurico Dutra e lançou-se à clandestinidade em que se manteve até a morte. Em CPI que investigou as torturas praticadas no Estado Novo, salientou a senadora, um médico registrou a bravura com que Marighela resistiu às torturas a que foi submetido.
Heloísa Helena leu vários poemas escritos por Carlos Marighela e convidou a juventude brasileira ao abandono da violência sem causa e das drogas, para, como o revolucionário baiano, dedicar-se às grandes causas nacionais. No caso dele, foi toda uma vida dedicada à independência nacional e à criação de uma sociedade mais justa, socialista.
Em aparte, o senador Geraldo Cândido (PT-RJ) destacou a importância de resgatar a memória de heróis que construíram uma história paralela à oficial, basicamente popular, como Carlos Marighela, Zumbi dos Palmares, Antônio Conselheiro e João Cândido, da Revolta da Chibata, entre muitos outros. Para a senadora Marina Silva (PT-AC), que também aparteou, Marighela representa simbolicamente a resistência, persistência e grandeza de todos os que buscam concretizar a idéia de uma sociedade mais justa e democrática. O senador Eduardo Suplicy (PT-SP), por sua vez, ressaltou que as razões que justificaram a luta de Marighela ainda se mantêm.

04/11/1999

Agência Senado


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