Heráclito diz que não há plano de carreira secreto e que projeto não foi votado porque o PT não se manifestou



O senador Heráclito Fortes (DEM-PI) rebateu, nesta quinta-feira (10), informações divulgadas pela imprensa de que a mesa do Senado teria aprovado secretamente o plano de cargos e salários dos servidores. O senador afirmou que, como relator do projeto que institui o plano, só pode torná-lo público depois de votado e aprovado pela Mesa, para que seja, então, remetido ao Plenário, onde será discutido por todos os senadores.

- Chegar-se à conclusão de que é uma reforma secreta é uma irresponsabilidade, uma leviandade e um desconhecimento do Regimento Interno - disse o senador.

Heráclito informou que na reunião da Mesa realizada quarta-feira (9), em que foi discutido o projeto do plano de cargos e salários, pediu a manifestação do Partido dos Trabalhadores, ali representado pela senadora Serys Slhessarenko (MT), o que não ocorreu. O senador disse que, diante disso, não concordou que a votação fosse concluída.

- Não era justo que eu permitisse que aquela votação acontecesse com a omissão do Partido dos Trabalhadores. Eu acho que o Partido dos Trabalhadores tem de se manifestar sobre essa questão - disse.

O senador considerou lamentável "que se tente fazer confusão e que se use, às vezes até desavisadamente, setores da imprensa para isso". Ele afirmou que o projeto do plano de cargos e salários está sob sua responsabilidade e será examinado de maneira transparente, com a participação de todos. Ele lembrou, no entanto, que o Senado tem um prazo para aprovar o projeto e pediu que aqueles que são contrários se manifestem neste sentido, assumindo suas responsabilidades.

Heráclito acrescentou que na quarta-feira o documento esteve na mão de todos os senadores, reafirmando que não é leviano para divulgá-lo antes de ser aprovado.

-Não existe plano secreto, até porque se há uma coisa que não pode ser feita de maneira secreta é uma votação dessa natureza, porque ela terá que passar fundamentalmente pelo Plenário - explicou.



10/06/2010

Agência Senado


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