HOLLANDA QUER RECUPERAÇÃO DA RODOVIA BR 232
O senador Joel de Hollanda (PFL-PE) pediu ao governo federal que libere os recursos necessários para a recuperação e duplicação de trechos da rodovia BR 232, que liga Recife ao oeste do estado de Pernambuco.Ele relacionou vários trechos da estrada que precisam receber melhorias e informou que a BR 232 registra uma média de fluxo diário de 11 mil veículos. A rodovia cruza vários centros urbanos com "elevado número de habitantes e significativa importância econômica, como os municípios de Caruaru, Arcoverde e Serra Talhada", afirma.Em quase toda sua extensão, de acordo com o senador, a BR 232 está precisando de reparos relacionados à pavimentação dos acostamentos, recapeamento, construção de terceiras faixas e abertura de ruas laterais. Também há necessidade, segundo o senador, de duplicação nos trechos em que a rodovia se aproxima dos maiores centros urbanos.Hollanda argumenta que as melhorias são necessárias "não apenas pela importância econômica da região atendida, mas também pela necessidade de tornar a rodovia mais segura". De acordo com dados da Polícia Rodoviária, no ano passado houve 1.218 acidentes na rodovia, com 770 vítimas e 80 mortes.O DNER, informa o senador, alerta para o fato de que recursos destinados à conservação da malha federal vêm diminuindo, apesar do processo de envelhecimento das vias. A BR 232, por exemplo, embora construída há 25 anos, é a mais nova rodovia federal de Pernambuco.O senador disse reconhecer "a especial atenção destinada pelo presidente Fernando Henrique à recuperação das rodovias federais", mas ressalta que, ainda assim, a maior parte da malha rodoviária nacional encontra-se em "lastimável estado".ESTRADAS FEDERAISHollanda cita levantamento do DNER dando conta da existência de 90 mil quilômetros de estradas federais, sendo 51 mil asfaltados. "Destes, 19.940 quilômetros estão em mau estado", afirma. "A idade média dessas rodovias é de 20 anos, o que explica o grau elevado de deterioração em que se encontram", informa o senador.Ele admite que o governo federal não pode mais destinar recursos elevados para a área, como ocorria nos anos 70, quando o Estado "investia até 2% do PIB na abertura e conservação de estradas", exemplifica. A taxa de investimento dos últimos anos foi de 0,15% do PIB, de acordo com dados do DNER citados pelo senador.- Ainda assim, as autoridades federais devem ter consciência de que tais recursos não podem ser classificados como despesa, mas investimento - observa Hollanda.
15/10/1998
Agência Senado
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