Homens têm baixa adesão na campanha contra rubéola
Balanço da Secretaria de Saúde mostra que adesão masculina ainda é pequena
Comprovando o que a muito tempo se desconfia, que os homens têm medo de agulha, balanço da Secretaria de Estado da Saúde realizado até o último dia 15 mostra que eles têm aderido menos à Campanha de Vacinação contra Rubéola mesmo tendo sido as maiores vítimas da doença no ano passado. Na primeira semana de vacinação, 30,12% dos homens de 20 a 39 anos foram imunizados contra 36,94% das mulheres na mesma faixa etária.
Se comparada a faixa etária que mais se vacina, a população de 20 a 29 anos, as mulheres disparam na f rente com 39,99% de cobertura contra 30,36% dos homens. Entre as mulheres, as mais jovens foram as que mais buscaram os postos de vacinação.
Em 2007 foram registrados no Estado de São Paulo 1.659 casos de rubéola, dos quais 1.122 (68%) em homens, segundo balanço do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE), órgão da Secretaria. Foi o número mais alto da doença desde 2000, quando 2.566 paulistas contraíram a doença. Em 2006 foram 66 casos.
A incidência maior da doença entre homens é ainda mais acentuada na faixa entre 20 e 29 anos, responsável por 50,5% dos casos masculinos em 2007. Já os homens de 30 a 39 anos de idade responderam por 28,6% das ocorrências. Nas mulheres a incidência é similar dos 20 aos 39 anos, público-alvo da campanha.
Desde 2.000 a vacina contra a rubéola faz parte do calendário nacional de imunização e é aplicada gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde). A primeira dose deve ser tomada com 12 meses de vida, com reforço entre 4 e 6 anos de idade. A Secretaria também indica a vacinação para qualquer pessoa nascida a partir de 1960 que não tenha recebido nenhuma dose anterior, mas durante a campanha o foco serão os paulistas entre 20 e 39 anos de idade.
A doença
A rubéola é uma doença infecciosa causada por vírus do gênero rubivirus e transmitida por secreções nasofaríngeas expelida pelo doente ao tossir, respirar, falar ou respirar. Os principais sintomas são febre baixa, manchas no corpo, dores articulares, conjuntivite, coriza e tosse.
Normalmente a rubéola é uma doença benigna, mas quando ocorre durante a gestação há o risco de Síndrome da Rubéola Congênita, que pode comprometer o desenvolvimento do feto e causar abortamento espontâneo, morte fetal e malformações congênitas como surdez, glaucoma, catarata e diabetes.
Secretaria da Saúde
08/19/2008
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