Hospital de Itaquá premiado pelo Ministério da Saúde



Órgão do governo federal aprova estrutura física, sanitária e segurança nos processos da instituição

Rede própria de tratamento de esgoto, treinamento contínuo dos funcionários, fracionamento de medicamentos, atenção especial à higiene e esterilização de materiais e roupas. Esses são alguns dos fatores que renderam ao Hospital Geral de Itaquaquecetuba o título de Acreditação nível I, reconhecimento da Organização Nacional de Acreditação (ONA), entidade ligada ao Ministério da Saúde.

O órgão federal concedeu o certificado ao avaliar a qualidade da estrutura física, sanitária, capacitação profissional dos servidores e segurança dos processos desenvolvidos no hospital.

Para melhorar todos os serviços internos – telefonia, lavanderia, portaria e os de assistência ao paciente – por iniciativa própria a unidade de saúde de Itaquaquecetuba criou, em 2004, a Comissão de Acreditação Interna.

“Nosso papel é realizar auditorias constantes, fazer um chek-list, apontar as falhas dos setores e ajudá-los a aperfeiçoar a atuação para conquistarmos a acreditação. Se houvesse problemas num único departamento não receberíamos o certificado”, informa a administradora hospitalar Fátima Baraldi, presidente da comissão.

A equipe é formada por médicos, enfermeiros e pessoal administrativo, que atuam em dois grupos distintos. Após a visita a uma seção, eles produzem relatório detalhado, enviado ao responsável pelo setor, à diretoria e à própria comissão. Os médicos da área da maternidade informam que a média de permanência das pacientes na unidade é controlada e a equipe do setor é integrada, pois um conhece o trabalho do outro e colabora para um desempenho eficiente de todos. Na Medicina, dá-se o nome de protocolo integrado de atendimento. “Se não houver essa sintonia, os profissionais não terão uma visão geral do trabalho, o que dificulta o gerenciamento. Aqui, o trabalho é multidisciplinar”, observa Fátima. 

Boa atuação – A Central de Materiais Esterilizados é exemplo de boa atuação. Ali os equipamentos hospitalares são esterilizados e distribuídos às unidades. “O pessoal da central informa-se com os setores de área assistencial ao paciente para saber a quantidade de materiais utilizados por dia”, conta. Isso evita desperdício de tempo e trabalho, pois se um item não for usado em certo tempo, volta à central para nova esterilização.

Na lavanderia, os colaboradores empenham-se em cumprir as metas estabelecidas, por exemplo, higienizando ositens do enxoval hospitalar, evitando, assim, a relavagem. “Quanto menos relavagens, melhor a satisfação dos departamentos”, afirma.  

Menos desperdício – A farmácia tem 481 tipos de medicamentos. É tradição oferecer aos pacientes porções individuais de comprimidos. A novidade é que, desde janeiro, os remédios líquidos orais são fracionados de acordo com prescrição médica. Agora, o pessoal testa a viabilidade da utilização de sachês com pomadas. Para março, o setor pretende fracionar, também, os injetáveis.

A supervisora do setor, Débora Cristina Molla Scuriza, relaciona os benefícios da individualização dos remédios: menos desperdício, mais segurança para pacientes e funcionários, melhora na atuação dos enfermeiros e incentivo ao consumo ideal para o tratamento. Para garantir a eficiente destinação dos detritos contaminados, gerados pela lavanderia e laboratórios, o hospital ampliou seu sistema de tratamento de esgotos. Começou a funcionar em setembro do ano passado e tem capacidade para tratar diariamente até 300 mil litros de esgoto hospitalar.

“Hoje, o esgoto que segue para a rede fluvial é totalmente tratado. E nós contratamos e pagamos esse serviço”, informa a diretora do hospital, Vivian Hart Ferreira. Desde 2006, a unidade de saúde oferece Programa de Educação Continuada aos seus 1.050 funcionários (250 médicos). Vivian conta que os cursos atendem às necessidades específicas de cada setor.  

Sem falhas – Os líderes dos departamentos são treinados mensalmente. “A meta é que cada um conheça seu trabalho e identifique os problemas locais. Evitamos generalizações e sugerimos ações para sanar falhas”, esclarece a diretora. O que fazer se o ar condicionado, os equipamentos hospitalares ou a energia falharem? Existe uma comissão de equipe multiprofissional queproduz plano de contingência, com descrição documentada de alternativas emergenciais para a maioria dos serviços do hospital. Por exemplo, se o sistema de informática sofrer pane, colaboradores, desde a recepção, ambulatório e farmácia estão orientados a realizar os procedimentos manualmente.

Para garantir que todos os funcionários saibam agir com rapidez numa situação emergencial e estejam aptos a aplicar os “Planos B e C”, uma vez por mês os técnicos fazem manutenção preventiva do no-break do hospital. Sem luz e computador, a maioria dos setores treina as medidas alternativas.

“Insistimos na prevenção para que um eventual obstáculo não prejudique a assistência ao paciente”, comenta a diretora Vivian.

Por exemplo: caso o aparelho de tomografia computadorizada fique danificado, o doente não pode esperar dias até o conserto. Nesse caso, a equipe está preparada para acionar outro hospital, solicitar o serviço/técnico e o seu transporte imediato para esse local. 

Paciente elogia atendimento 

A paciente Maria da Silva Dionísio, 55 anos, é casada e mora no Jardim Silvestre, em Itaquaquecetuba. Ela se trata no hospital há dois anos, quando a equipe médica detectou câncer em sua língua e a operou. Após a cirurgia, ficou um ano longe do cigarro, mas depois retomou o antigo vício.

Dia 7 de fevereiro sofreu outra intervenção. Dessa vez, o tumor atingiu seu pescoço. “Os médicos daqui são nota mil, bem como os enfermeiros, nutricionistas e o pessoal da limpeza”, opina. Até o dia da reportagem disse que estava sem fumar. “Os médicos não mandam parar de fumar porque depende da minha vontade. Fui muito bem tratada aqui, quem disser o contrário é mentira”, sustenta. Maria é uma das centenas de pacientes da região de Itaquaquecetuba que procuram diariamente a unidade, com abrangência regional de 11 municípios do Alto Tietê.  

O hospital em números 

O Hospital Geral de Itaquaquecetuba funciona há oito anos. A gestão é compartilhada: o governo do Estado repassa verba anual de cerca de R$ 50 milhões e a Associação Beneficente Santa Marcelina responsabiliza-se pela gestão. Realiza mensalmente 8 mil atendimentos de emergência, 3,1 mil atendimentos ambulatoriais, mil internações, 400 cirurgias e 300 partos na região. 

SERVIÇO

Hospital Geral de Itaquaquecetuba

Rua Rio Negro, 48 – Jardim Nova Itaquaquecetuba

Telefone (11) 4645-4200 

Viviane Gomes

Da Agência Imprensa Oficial 



03/04/2008


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