Hospital federal no RJ amplia atendimento para doenças neuromusculares



O Hospital Federal Cardoso Fontes, que fica no Bairro de Jacarepaguá , no Rio de Janeiro (RJ ) ampliou neste mês a lista de serviços de atendimento voltada para doenças neurológicas. A partir deste mês, o  Serviço de Neurologia do hospital  também oferece atendimento para as doenças neuromusculares, como a distrofia muscular e a esclerose lateral amiotrófica (ELA). A unidade já atendia pacientes com Parkinson e que sofreram Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Fraqueza nos braços e pernas, dormências, dificuldades em andar e em subir escadas e problemas para contrair os músculos podem ser os primeiros sinais de uma doença neuromuscular, que atinge os músculos e os nervos periféricos. Grande parte de origem hereditária, essas doenças são degenerativas e exigem acompanhamento constante do paciente. 

Segundo a neurologista responsável pelo atendimento, Maria Beatriz Harouche, como a maioria das doenças neuromusculares não têm cura, o médico se ocupa em reabilitar o paciente. “A importância do acompanhamento é atualizá-lo sobre as novas formas de tratamento e aconselhá-lo sobre a possibilidade de um filho herdar a doença”, aponta a médica. 

A expectativa é que sejam realizadas 40 consultas por mês. “A estruturação da Neurologia no hospital permite que profissionais especializados atendam a demanda da população numa área em geral pouco comum na rede pública”, ressalta o médico e chefe da Neurologia, Christian Naurath.


Entenda as doenças 

Algumas das doenças neuromusculares já se manifestam em recém-nascidos: a mãe ou o médico notam que o bebê é “molinho” e tem atraso no desenvolvimento. São comuns em adultos jovens e costumam se manifestar até os 30 anos de idade. 

Também existem formas adquiridas ao longo da vida, em pacientes diabéticos, com hipotireoidismo ou portadores do vírus HIV. A hanseníase também é uma doença neurológica, apesar de a maior parte das manifestações ocorrer na pele. A bactéria que causa a doença se aloja nos nervos e pode comprometer alguns movimentos, como abrir e fechar as mãos. 

A distrofia muscular mais conhecida (a de Duchenne) só atinge meninos e aparece entre os 3 e 7 anos de idade. As crianças com essa doença cansam rapidamente, desequilibram-se e caem com facilidade. Ela é passada de um gene da mãe para o filho. A chance de um menino nascer com a doença é uma em 3500 nascimentos. 

A esclerose lateral amiotrófica (ELA) é uma das mais graves dessas enfermidades. Como não tem alterações sensitivas (dormências e dores), a pessoa só percebe sua ocorrência quando ela já está em estágio avançado, com comprometimento para as funções vitais e a locomoção. 


Fonte:
Ministério da Saúde



17/05/2011 18:27


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