Hospital João XXIII, em Minas Gerais, ganhará mais 120 leitos para cuidados pós-cirurgias
O Hospital João XXIII, em Belo Horizonte (MG), contará com mais 120 leitos de retaguarda para cuidados prolongados a partir do segundo semestre deste ano, medida que vai reduzir o tempo de espera por cirurgias.
O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, após conhecer, em Belo Horizonte, o plano de ação elaborado pelos técnicos do Núcleo de Acesso e Qualidade Hospitalar (NAQH). O diagnóstico apurou que o número de leitos de retaguarda precisa ser ampliado e ter acompanhamento pela central de regulação.
Ficou pactuado entre o ministério, a Prefeitura de Belo Horizonte e o Governo do Estado de Minas Gerais, o prazo de 30 dias para que seja apresentado ao NAQH projeto de reforma do Hospital e Maternidade Frederico Ozanam, que está desativado atualmente.
Esta é a segunda visita do ministro ao Hospital João XXIII após o lançamento, em novembro de 2011, do S.O.S Emergência, ação estratégica do Ministério da Saúde para qualificar a gestão das principais emergências do País com atendimento ágil, humanizado e acolhimento.
O Hospital João XXIII faz parte do Complexo de Urgência e Emergência da Rede Fhemig, composto ainda pelos hospitais Maria Amélia Lins, Galba Veloso Ortopédico, Hospital Infantil João Paulo II e o Hospital Cristiano Machado em Sabará, com 40 leitos de cuidados prolongados já credenciados.
“Nosso maior objetivo é adotar ações rápidas, pactuadas com os parceiros do SUS, que melhorem o atendimento à população, principalmente reduzindo o tempo de espera dos pacientes”, explicou o ministro Padilha. Ainda nesta linha, o ministro informou, também, que o diagnóstico do NAQH aponta para a necessidade de informatização do atendimento de urgência e emergência, meta do ministério para todas as unidades que fazem parte do S.O.S Emergência.
“Com isto vamos saber qual o tempo de atendimento, construir uma rede de dados que vai possibilitar aprimorar ainda mais o atendimento e, com isto, reduzir o tempo de espera do paciente da urgência e emergência,” concluiu.
O Esus permite aos médicos acompanhar o paciente na emergência, com identificação imediata e individualizada. Ele contém informações sobre consultas e diagnósticos, medicamentos usados e exames realizados, o que auxilia o controle e acompanhamento da saúde do usuário, oferecendo maior agilidade e qualidade no atendimento.
O sistema de gestão integrada vai facilitar a marcação de exames, prescrição de medicamento e agenda de novas consultas. O módulo de emergência fará o gerenciamento do ingresso do paciente pelo pronto-socorro, incluindo a classificação de risco e o monitoramento do tempo de espera pelo atendimento.
O complexo hospitalar João XXIII é constituído por um centro especializado na atenção às urgências, com serviço de pronto-socorro com capacidade operacional de 75 leitos reversíveis. Em casos excepcionais, tem capacidade de incorporar mais 64 leitos emergenciais extras. A unidade conta com 104 leitos credenciados para pacientes críticos em tratamento intensivo, sendo nove disponíveis para área de queimados.
O hospital está habilitado em alta complexidade de traumato-ortopedia, neurocirurgia, cirurgia vascular, terapia nutricional, retirada de órgãos e enxerto de peles sendo centro de referência para tratamento de queimados.
Telesaúde
Ainda na tarde de terça-feira (10), o ministro participou do lançamento do Curso Internacional de Formação em Telessaúde para 387 profissionais de 16 países da América Latina, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Segundo ele, até 2015, todos as unidades de saúde dos municípios brasileiros poderão ter acesso a internet em banda larga.
A banda larga permitirá que as equipes de saúde possam transmitir exames com base em imagens, ampliando as possibilidades de tele consultorias, segunda opinião e webconferências e cursos, com a participação de especialistas que se encontram em outras localidades.
Segundo o ministro, o emprego do telessaúde é uma das iniciativas que favorece a fixação dos profissionais de saúde, principalmente médicos, em cidades do interior ou nas regiões de periferia das metrópoles brasileiras. “O telessaúde reduz o tempo de espera aos exames e consultas. Traz o especialista para mais próximo do usuário, que não precisa sair de casa, mantendo a qualidade, principalmente na atenção básica.”
O curso é estruturado e coordenado pela Faculdade de Medicina da UFMG, juntamente com Ministério da Saúde, Rede Universitária de Telemedicina/Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (Rute/RNP), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Prefeitura Municipal de Belo Horizonte e Hospital das Clínicas da UFMG. O financiamento é do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Fonte:
Ministério da Saúde
11/04/2012 16:17
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