Hospital Roberto Santos (BA) usará técnica japonesa para melhorar serviço de emergência
Uma ferramenta desenvolvida pela indústria automotiva do Japão será empregada no Hospital Geral Roberto Santos para desafogar a emergência da maior unidade de saúde pública da Bahia. Descrito pela primeira vez como controle de produção, o Kan Ban utiliza as cores vermelho, amarelo e verde para acompanhar todas as etapas do processo produtivo.
“Vamos implantar o Kan Ban na emergência do Roberto Santos para fazer uma completa radiografia do setor”, afirmou o apoiador do Ministério da Saúde, Altair Massaro, que está prestando consultoria ao hospital no projeto S.O.S Emergências.
“A partir do Kan Ban será possível saber, por exemplo, os motivos pelos quais os pacientes às vezes ficam mais tempo ocupando leitos, quais as carências do setor, o que precisa ser feito para melhorar e garantir o atendimento ágil e humanizado a todas as pessoas atendidas na emergência”, disse.
O S.O.S Emergências foi lançado no final do ano passado no hospital Roberto Santos. A estratégia do Ministério da Saúde contempla 11 unidades hospitalares em sua primeira etapa. A expectativa é que as demais unidades também apliquem o Kan Ban na gestão de leitos, como também já foi feito pelo Hospital Miguel Couto (RJ).
A simplicidade é uma das principais características do Kan Ban. O vermelho significa que o ritmo de produção está muito abaixo do volume atingido nos últimos anos; o amarelo diz que a produção está abaixo do esperado, mas próximo da expectativa, e o verde demonstra que todos os índices estabelecidos foram atingidos ou superados.
“Com a implantação desta ferramenta será possível monitorar o tempo médio de permanência de cada paciente na emergência e saber o que precisa ser feito com precisão para melhorar e dar mais eficiência ao atendimento”, ressaltou a diretora-geral do Roberto Santos, Delvone Almeida.
Para dar dinamismo ao Kan Ban, uma equipe multidisciplinar da emergência vai inserir em um sistema de informática todos os detalhes dos pacientes. “Depois de certo período, com o cruzamento dos dados, nós teremos uma visão clara do que acontece dentro do setor”, disse Altair Massaro.
Além do Kan Ban, outras medidas deverão ser implementadas no Roberto Santos para reduzir o grande fluxo de pacientes na emergência da unidade. Há previsão de contratar leitos de retaguarda de outros hospitais, abrir mais leitos de clínica médica, abrir a UTI Cirúrgica, implementar normas, rotinas e protocolos clínicos das principais especialidades das emergências adulto e pediátrica e colocar para funcionar 24 horas por dia o serviço de Acolhimento com Classificação de Risco.
Cada hospital inserido no S.O.S Emergências conta com incentivo anual de R$ 3,6 milhões para custear a ampliação e qualificação da assistência da emergência, além de ter acesso a até R$ 3 milhões para aquisição de equipamentos e realização de obras e reformas na área física do pronto-socorro, conforme necessidade e aprovação da proposta. O Hospital Geral Roberto Santos tem gestão estadual e realiza, mensalmente, 1.800 internações. A unidade possui, ainda, 678 leitos, todos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Fonte:
Ministério da Saúde
20/01/2012 17:33
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