NetSaber - Banco de Notícias

Agricultura: Técnica de fertirrigação pode melhorar produtividade do canavial

Estudos começaram em maio do ano passado e estão sendo desenvolvidos em uma área de quatro hectares

Os pesquisadores científicos do Pólo Regional do Centro Oeste, em Jaú, vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo estão realizando estudos pioneiros na área de fertirrigação da cultura da cana-de-açúcar, utilizando o sistema de irrigação por gotejamento. Os estudos começaram em maio do ano passado e estão sendo desenvolvidos em uma área de quatro hectares em parceria com a empresa multinacional Netafim, com sede em Israel.

Segundo o pesquisador científico Glauber José de Castro Gava, coordenador do projeto, esse sistema de irrigação é recente no Brasil e há poucas informações sobre o tema. A irrigação por gotejamento consiste em tubulações dispostas de forma subterrânea, logo abaixo do sistema radicular da cana, entre 15 e 20 centímetros de profundidade, e que são instalados na época do plantio da cultura.

“Por meio de tubos, aplica-se água e fertilizantes ao longo do desenvolvimento da cultura, o que garante a produtividade e longevidade do canavial”, explicou Gava. Todo o sistema instalado na Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento é automatizado e monitorado por computador.

De acordo com o pesquisador, entre as vantagens em utilizar o sistema de fertirrigação por gotejamento subterrâneo na cana-de-açúcar, é a de permitir atingir níveis de produtividade agrícola entre 120 e 140 toneladas por hectare ou mais, ao longo de 10 a 12 cortes da cultura, diminuindo os custos da reforma do canavial, uma vês que sua renovação é feita por um período mais longo que o usual.

Os primeiros resultados devem ser divulgados em novembro deste ano, quando o canavial estiver pronto para ser colhido. “A nossa intenção é divulgar a tecnologia aos produtores da região e promover o desenvolvimento regional, pois esse sistema pode aumentar a produtividade do canavial, utilizando de maneira eficiente, água e fertilizantes que são aplicados na medida certa evitando danos ambientais”, afirmou o pesquisador científico.

Mais informações com Glauber José de Castro Gava pelo telefone (14) 3621-3317 ou pelo email [email protected]

01/24/2007

Artigos Relacionados