Hospital Universitário orienta estudantes sobre cigarro



O evento faz parte das comemorações do Dia Nacional de Combate ao Fumo

O Hospital Universitário e o Museu de Anatomia, instituições da Universidade de São Paulo, integram iniciativa de luta contra o tabaco. Entre os dias 25 e 29, aproximadamente 3 mil alunos de escolas públicas da capital serão recebidos no Museu de Anatomia para tomar conhecimento dos malefícios causados pelo fumo, por meio de orientação de profissionais do hospital. O evento faz parte das comemorações do Dia Nacional de Combate ao Fumo, 29 de agosto.

Serão apresentados aos estudantes um pulmão saudável e outro comprometido pelo cigarro e uma encenação teatral interativa de esclarecimento sobre o tema. De acordo com o pediatra do Hospital Universitário da USP, doutor João Paulo Becker Lotufo, o projeto tem o objetivo de incentivar professores e alunos a tornar a escola um ambiente livre do tabaco, além de alertar a comunidade sobre as doenças relacionadas ao fumo.

Crianças expostas – De acordo com o especialista, os números são preocupantes: 51% das crianças brasileiras são fumantes passivas, ou seja, sofrem os mesmos efeitos que uma pessoa que consome cinco cigarros em média por dia. Entre os problemas que o vício pode provocar, o médico destaca otite, bronquite, asma e duas vezes mais risco de morte súbita.

Lotufo informa também que o risco de elas apresentarem otite repetida aumenta 20% se o pai for fumante, 40% no caso da mãe e 50% se forem os dois. O mesmo ocorre com a bronquite. O risco aumenta 70% se a mãe for fumante e 30% se for outro membro da família. Na asma, o risco sobe 15%, 40% e 50%, respectivamente, se o pai, a mãe ou o casal for fumante.

“No Brasil, um quarto da população é usuária de tabaco. O fumo está presente em 50% das famílias e 24% das crianças atendidas no HU apresentam cotinina (derivado da nicotina) na urina”, explica Lotufo.

“Há um empenho mundial em alertar as pessoas sobre o malefício que o fumo passivo pode realmente causar, havendo a intenção de proteger o fumante passivo, já que não se pode proibir o ato de fumar. A maior parte dos cigarros não é fumada por prazer, mas por dependência química, embora o fumante sinta bem-estar em fazê-lo”, conclui.

Do Hospital Universitário

(M.C.)



08/22/2008


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