Ibama multa empresa Chevron em R$ 50 mi por vazamento de óleo no Rio de Janeiro



 

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) determinou aplicação de multa da multa máxima de R$ 50 milhões à petrolífera Chevron, pelo vazamento de petróleo no Campo de Frade, na Bacia de Campos, no estado do Rio de Janeiro. A medida foi anunciada nesta segunda-feira (21), pelo presidente do Ibama, Curt Trennepohl. 

A empresa é a mesma envolvida no desastre do Golfo do México, em 2010, quando operava para a British Petroleum (BP).

Também nesta segunda-feira, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse que o vazamento está sendo monitorado pela Marinha e pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Ela concedeu entrevista coletiva à imprensa sobre o assunto, no Palácio do Planalto, ao lado do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e do diretor-geral da ANP, Haroldo Lima.

Izabella disse que a Chevron foi notificada sobre dano ambiental e que multas adicionais poderão ser impostas à empresa.

Haroldo Lima afirmou, durante a entrevista, que “as melhores práticas do setor de petróleo” não foram cumpridas pela Chevron na Bacia de Campos. Além da multa, o Ibama notificou a Chevron para apresentar, em até 24h, todos os relatórios a respeito da conformidade da atuação da empresa com a legislação ambiental brasileira.

Segundo o diretor da ANP, a perspectiva é de que o vazamento seja controlado dentro de um prazo curto, mas governo espera resolução completa do problema, disse. Magda Chambriard, também da ANP, garantiu que uma equipe da agencia está acompanhando “dia e noite” o acidente, bem como todas medidas de contenção.

Magda informou que 11 técnicos estão investigando o acidente “indesejável e intolerável para o Brasil”, afirmou. Sobre o derramamento de óleo, a diretora relatou que a situação estaria mais controlada, com fluxo de vazamento bem mais reduzido que no dia 11 de novembro, quatro dias após a ANP ter sido notificada do vazamento e quando o volume de derramento de petróleo teria atingido o pico.

O acidente ambiental só teria sido detectado no último dia 8, quando funcionários da Petrobras avisaram à Chevron sobre uma mancha de óleo na água.

O secretário de Ambiente do Rio, Carlos Minc, vai sugerir que metade do valor da multa seja investida em parques costeiros do estado. Minc determinou que seja feita uma auditoria de padrão internacional na Chevron e na Transocean, que opera o poço, e também decidiu ingressar com uma ação civil pública em valor que pode chegar a R$ 100 milhões, por danos aos bens difusos, à biodiversidade marinha e ao ecossistema costeiro.

Também nesta segunda-feira, o presidente da subsidiária brasileira da petrolífera Chevron, George Buck, calculou que o vazamento total de petróleo no Campo de Frade chegue a 381,6 mil litros.

Buck reconheceu a responsabilidade da empresa pelo vazamento e garantiu que o óleo será retirado da superfície. Ele isentou de qualquer culpa, pelo acidente, os funcionários e equipamentos da empresa Transocean, responsável pela perfuração do poço.

 

Fonte:
Portal Brasil
Agência Brasil 

 



21/11/2011 19:34


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