IBGE:indústria supera crise e cresce em 7 regiões
O crescimento da produção industrial avançou em metade dos 14 locais investigados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pernambuco (11,1%), Goiás (8,3%), Rio de Janeiro (2,3%), São Paulo (2,2%) e Minas Gerais (2,0%), tiveram avanços mais expressivos, ficando acima da média nacional (1,5%). Já o Rio Grande do Sul (-5,3%) e Amazonas (-3,9%) tiveram as maiores quedas. No nível nacional, o faturamento da indústria cresceu 3,3% em fevereiro, na comparação com janeiro, registrando aumento de 1% no número de horas trabalhadas e no índice de emprego.
Em comparação com o mesmo mês do ano passado, todos os locais pesquisados apresentaram crescimento na produção, atestando que o País superou a crise de 2009. Foram registrados avanços acima da média de 18,4% no Espírito Santo (37,9%), Goiás (31,6%), Minas Gerais (26,0%), Pernambuco (24,7%), Amazonas (22,5%) e São Paulo (20,9%).
No acumulado para o primeiro bimestre de 2010, o avanço também foi generalizado e atingiu todas as 14 regiões pesquisadas pelo IBGE, sendo que Espírito Santo (43,6%), Amazonas (27,6%), Minas Gerais (26,8%), Goiás (25,7%) e São Paulo (18,1%) mostraram as expansões mais intensas que a média nacional (17,2%).
Reduzindo o ritmo de queda desde outubro do ano passado, o indicador acumulado nos últimos 12 meses para o total da indústria avançou 4,8 pontos percentuais em fevereiro (-2,6%), na comparação com o fechamento de 2009 (-7,4%). Nesse mesmo intervalo de tempo, todas as regiões mostraram ganhos, sendo os mais acentuados no Espírito Santo (de -14,6% para -4,8%), Minas Gerais (de -13,1% para -5,8%) e Amazonas (de -8,8% para -1,9%). Em fevereiro, 3 dos 14 locais tiveram crescimento no acumulado em 12 meses: Goiás (5,2%), Pernambuco (1,2%) e Rio de Janeiro (0,4%).
São Paulo
Em São Paulo, onde se concentra a maior base industrial do País, o avanço foi de 2,2% em fevereiro, em relação a janeiro, após ficar praticamente estável no mês anterior (- 0,2%), quando interrompeu seis meses de expansão nesse tipo de comparação. Assim, a média móvel trimestral cresceu 1,0% e manteve trajetória ascendente iniciada em março de 2009.
No confronto com fevereiro de 2009, a produção paulista cresceu 20,9%, terceira taxa positiva de dois dígitos consecutiva, e o resultado mais elevado desde os 22,6% de fevereiro de 1995. A expansão refletiu o desempenho positivo de 18 dos 20 ramos investigados, com destaque para veículos automotores (37,5%), impulsionado pelos resultados positivos em 94% dos produtos pesquisados, seguido por farmacêutica (60,8%), máquinas e equipamentos (35,4%), outros produtos químicos (31,3%) e produtos de metal (57,5%). Outros equipamentos de transporte (-19,8%) e material eletrônico e de comunicações (17,8%) exerceram as principais pressões negativas.
Assim, o setor industrial de São Paulo acumulou crescimento de 18,1% no primeiro bimestre de 2010, resultado bem acima dos 4,3% assinalados no quarto trimestre do ano passado, impulsionado pelos avanços na maioria dos segmentos (18 dos 20). Veículos automotores (41,1%), máquinas e equipamentos (32,1%), produtos de metal (60,0%), outros produtos químicos (28,4%), farmacêutica (29,3%) e borracha e plástico (30,9%) foram as contribuições de maior peso. Em sentido oposto, outros equipamentos de transporte (-25,0%) teve o maior impacto negativo.
O indicador acumulado nos últimos 12 meses (-3,6%), em trajetória ascendente desde outubro do ano passado, assinalou sua queda menos intensa desde abril de 2009 (-3,0%).
Pernambuco
Em fevereiro de 2010, a produção industrial de Pernambuco avançou 11,1% em relação ao mês anterior, após ter ficado praticamente estável em janeiro (0,2%). Assim, a média móvel trimestral também apontou crescimento (2,8%) em fevereiro, após ter acumulado perda de 1,0% nos dois meses anteriores.
Frente a fevereiro de 2009, a indústria pernambucana avançou 24,7%, maior expansão desde fevereiro de 1995 (44,1%) e sétima taxa positiva consecutiva, com avanço na produção em 7 dos 11 setores pesquisados. O maior impacto positivo veio de metalurgia básica (122,7%). Em seguida, vale mencionar as expansões de produtos químicos (57,0%) e alimentos e bebidas (9,7%). Por outro lado, a única taxa negativa foi a de refino de petróleo e produção de álcool (-30,1%).
O acumulado no primeiro bimestre do ano (11,6%) aumentou o ritmo de crescimento em relação ao último trimestre de 2009 (4,7%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior. Das 11 atividades, 7 tiveram crescimento, cabendo as maiores influências a metalurgia básica (47,1%), produtos químicos (35,4%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (58,5%). Refino de petróleo e produção de álcool (-35,2%) e alimentos e bebidas (-1,1%) foram as principais pressões de queda.
A taxa acumulada nos últimos 12 meses cresceu 1,2%, primeiro resultado positivo após 12 meses de queda.
Fonte:
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
18/07/2010 01:24
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