Ideli destaca público recorde da Parada Gay



A líder do bloco governista, senadora Ideli Salvatti (PT-SC), disse que o aumento de participantes da 11ª Parada Gay de São Paulo - que reuniu, segundo os organizadores, cerca de 3,5 milhões de pessoas no último domingo (10) - é para ela motivo de orgulho, uma vez que integra a Frente Parlamentar pela Livre Orientação Sexual. A parlamentar ressaltou que sempre foi uma defensora da causa, desde seus dois mandatos como deputada estadual por Santa Catarina.

Em pronunciamento nesta terça-feira (12), a senadora citou versos da música Paula e Bebeto, de Milton Nascimento e Caetano Veloso - "qualquer maneira de amor vale a pena/ qualquer maneira de amor valerá" -, para enfatizar a necessidade de se respeitar o ser humano e suas diferenças. A Parada Gay, segundo a parlamentar, teve caráter mais amplo que a defesa da opção sexual, sendo também uma parada pela paz e contra a violência, o racismo e o machismo.

Em aparte, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) disse ter comparecido à Parada e salientou que o público - segundo ele estimado entre 3 milhões e 4,5 milhões de pessoas - é maior que a população de uma cidade como Belo Horizonte e foi maior que o das missas celebradas pelos Papas João Paulo II e Bento XVI ou dos comícios do movimento Diretas Já. Ele destacou a presença de pessoas de todas as idades, com o comparecimento de famílias e crianças.

A senadora Fátima Cleide (PT-RO) também esteve na parada e ressaltou que "tolerância gera compreensão, harmonia e amor". Ela afirmou não ter visto nenhum ato de intolerância entre os milhões de pessoas na multidão. Lembrou que é relatora do projeto Projeto de Lei da Câmara (PLC) 122/06, de autoria da ex-deputada Iara Bernardi, que define como crime também a discriminação por orientação sexual.

Papel moeda

No mesmo pronunciamento, a senadora Ideli Salvatti destacou a manchete da edição do dia anterior do jornal Valor Econômico, relatando o crescimento de 22,6% na utilização de papel moeda no país nos últimos 12 meses. De acordo com a senadora, a expansão do volume do papel moeda está no avanço das classes mais pobres, que tiveram forte aumento de renda nos últimos anos e não possuem conta em banco ou utilizam cheques ou cartões de crédito. A líder destacou que 93% da faixa populacional pertencente às classes C, D e E utilizam o dinheiro, assim como 60% dos beneficiários de aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que não possuem conta corrente em bancos e sacam o benefício diretamente nos caixas.

12/06/2007

Agência Senado


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