Ideli Salvati e Luiz Sérgio assumem ministérios em cerimônia em Brasília



A presidenta Dilma Rousseff empossou nesta segunda-feira (13) a nova ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvati, e o novo ministro da Pesca e Aquicultura, Luiz Sérgio. Os dois trocaram de cargo em anúncio feito na última sexta-feira (10).

Nos discursos de posse, tanto Ideli quanto Luiz Sérgio aproveitaram para fazer um balanço dos pouco mais de cinco meses nas respectivas pastas. A ministra relatou as parcerias com ministérios e autarquias, além de governos municipais e estaduais, para o incremento do setor pesqueiro nacional. Já o ex-titular a Relações Institucionais disse que este ano foram aprovadas 21 medidas provisórias na Câmara dos Deputados e outras 18 no Senado.

Ideli Salvati assegurou que as portas do seu gabinete no Palácio do Planalto “estarão sempre abertas” e que dialogará com todos os partidos da composição do Congresso Nacional. Ela contou que nos últimos oito anos, quando exerceu o cargo de senadora pelo estado de Santa Catarina, o caminho percorrido foi de profundo aprendizado.  A ministra acrescentou que a experiência adquirida neste período foi muito importante para que agora entrasse numa nova fase daquilo que classificou como lutar para “ajudar a fazer o Brasil justo e soberano”. Ideli afirmou também que manterá “um debate respeitoso e republicano” com os partidos de oposição.

O ministro Luiz Sérgio, que iniciou carreira política e sindical em Angra dos Reis, no sul do estado do Rio de Janeiro, disse que sua cidade natal, além do turismo, tem viés pesqueiro. Luiz Sérgio disse que nos anos 1990, quando foi prefeito e vice-prefeito de Angra, trabalhou em projetos de valorização da pesca. Segundo ele, as novas funções que assume dão a dimensão do enorme desafio que tem pela frente com a valorização das pescas artesanal e industrial. Ele propôs “arregaçar as mangas” e trabalhar.

Trabalhar juntos

Durante a cerimônia de posse dos novos ministros, a presidenta Dilma convocou todos os ministros a se empenharem nas ações de melhoria do Brasil, como o crescimento econômico e a luta pelo fim da miséria. “Temos muito trabalho a fazer”, disse Dilma ao evocar os principais desafios que o governo encontra, como a busca pela estabilidade econômica, o controle da inflação e a garantia das contas fiscais e do superavit primário.

Ao mesmo tempo, disse, essa política monetária e fiscal foi e é compatível com a garantia do crescimento e da geração de empregos. “O nosso objetivo é e será fazer o País crescer muito, e crescer de maneira sustentável. O nosso objetivo é melhorar cada vez mais as condições de vida da classe média, e o nosso compromisso é também com a erradicação da miséria. E é um compromisso inadiável e será realizado por meio do programa Brasil sem Miséria”, disse.

A presidenta informou que para a missão de combate à pobreza extrema conta com todos os ministros, sem exceção, sem diferenças e sem distinção de qualquer espécie. E lembrou que é preciso trabalhar juntos, Executivo, Legislativo e Judiciário, além da sociedade brasileira, para continuar no caminho do desenvolvimento e inclusão social.

Dilma Rousseff prosseguiu seu discurso afirmando que, do seu ponto de vista, não existe dicotomia entre um governo técnico e um governo político. Segundo a presidenta, nenhum país do mundo conseguiu um elevado padrão de desenvolvimento sem eficiência nas suas atividades governamentais e absorção das técnicas mais avançadas disponíveis, motivo pelo qual valoriza a capacidade técnica e a gestão eficiente. A presidenta disse ter a convicção de que “as decisões políticas constituem a base das opções governamentais”.

Mudança

Ao assumir o Ministério da Pesca e Aquicultura, o ex-ministro de Relações Institucionais Luiz Sérgio disse que se sentia "apenas mudando de trincheira". Luiz Sérgio deixou a pasta em meio a críticas de que não estaria sendo eficiente no diálogo do governo com Congresso. O ministro afirmou, no entanto, que cumpriu sua tarefa, buscando mais ouvir que falar na relação com deputados, senadores, governadores e prefeitos.

"Busquei mais ouvir que falar. Tenho a consciência tranquila de que, dentro de raio de atuação da pasta, fiz o possível e o impossível", disse.


Fonte:
Blog do Planalto
Agência Brasil

 



13/06/2011 20:30


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