Ideli Salvatti apresenta voto de pesar pelo falecimento da feminista Heloneida Studart



A líder do PT no Senado Federal, senadora Ideli Salvatti (SC), lamentou o falecimento, na segunda-feira (3) da pioneira feminista Heloneida Studart, aos 75 anos no Rio de Janeiro. A senadora lembrou que Heloneida foi deputada estadual pelo PT do Rio de Janeiro e também exerceu o cargo de presidente da Assembléia Legislativa do estado.

A senadora registrou ter apresentado na terça-feira (4) requerimento pedindo voto de pesar pelo falecimento da colega.

- Era um coração valente, cearense. O seu slogan traduzia, de forma muito concreta, a sua personalidade: "vida de luta, mulher de valor". O Brasil perde, indiscutivelmente, uma grande mulher, uma política admirável, uma talentosa jornalista e escritora, uma feminista pioneira - elogiou.

Ideli recordou que Heloneida foi deputada estadual por seis mandatos, elaborando leis em favor das mulheres brasileiras, como a lei que garantiu o exame de DNA para mães de baixa renda. Foi também, acrescentou a senadora, uma das pioneiras do movimento feminista brasileiro, tendo criado o Centro da Mulher Brasileira (CMB), entidade que defendia os direitos das mulheres durante o regime militar.

- Heloneida também participou ativamente do denominado "Lobby do Batom", que defendeu direitos trabalhistas das mulheres, entre eles, os 120 dias de licença-maternidade - disse Ideli.

A líder do PT registrou ainda que Heloneida foi jornalista e escritora, publicando livros como Mulher Objeto de Cama e Mesa e Mulher, a quem Pertence teu Corpo?.

Trajetória

Nascida a 9 de abril de 1932 em Fortaleza (CE), Heloneida Studart foi morar no Rio de Janeiro aos 16 anos. Trabalhou nos jornais O Nordeste e Correio da Manhã, e na revista Manchete. Escreveu ainda os livros A Primeira Pedra, Dize-me o teu Nome, Quero meu Filho, Não Roubarás, O Pardal é um Pássaro Azul, O Estandarte da Agonia e O Torturador em Romaria. Além disso, Heloneida foi presidenta do Sindicato das Entidades Culturais, cargo do qual foi afastada em março de 1969 pelo regime militar, sendo depois presa pelos militares.

Heloneida Studart começou sua carreira política em 1978, no PMDB. Em 1988 participou da fundação do PSDB e depois ingressou no PT. A pioneira feminista também escreveu peças de teatro e teve seis filhos.

05/12/2007

Agência Senado


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