Indústria brasileira mantém crescimento moderado mesmo com redução do crédito, diz gerente do IBGE



Apesar de atingir patamar recorde em maio, ao avançar 1,3% na comparação com o mês anterior, a indústria brasileira ainda registra ritmo de crescimento moderado refletindo as medidas macroprudenciais adotadas pelo governo para redução do crédito. A avaliação é do gerente da Coordenação da Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), André Macedo.

“Com esse resultado, a indústria voltou a operar no patamar de março, após a queda de abril. Mas quando se olha mês a mês, o ritmo de produção é mais moderado. Em março, o setor havia avançado 0,3%, no mês passado, teve queda de 1,2% e em maio ele compensa esse recuo”, explicou.

Segundo Macedo, esse cenário é confirmado pelo índice do acumulado nos últimos 12 meses, que permanece positivo, mas menos intenso com o passar dos meses. “Em maio, ele ficou em 4,5%, abaixo, por exemplo, dos 5,4% de abril e bastante inferior aos 11,8% de outubro do ano passado”, acrescentou.

Na passagem de abril para maio, o crescimento atingiu 19 das 27 atividades pesquisadas, com destaque para alimentos (3,9%), produtos de metal (12,8%) e veículos automotores (3,5%). Macedo ressaltou que, na indústria automotiva, a produção de caminhões e de autopeças aumentou, enquanto a de automóveis foi prejudicada em função de paralisações e dificuldade na obtenção de matérias-primas.

Em relação ao mesmo período de 2010, a produção da indústria subiu 2,7%. Nesta base de comparação, os destaques foram veículos automotores (6%), refino de petróleo e produção de álcool (8%).


Fonte:
Agência Brasil



01/07/2011 18:19


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