Indústria começa a retornar expansão








- Indústria começa a retornar expansão

- A indústria brasileira começa a retornar projetos de expansão da capacidade produtiva, após quase uma década contraída. A área de infra-estrutura, uma das mais importantes da economia, lidera o processo, que não é generalizado.

Os fabricantes de equipamentos de geração, transmissão e distribuição de energia e de exploração de petróleo e de gás vão investir R$ 1,2 bilhão neste ano para aumentar em 10% a capacidade produtiva.

Na área de papel e celulose a direção é a mesma - as fábricas investirão R$ 5,7 bilhões entre 2001 e 2003 para elevar a capacidade de 7,5 milhões para 9 milhões de toneladas anuais. Outros setores também estudam a retomada da expansão.
Segundo empresários, os investimentos não devem gerar um aumento expressivo do número de empregos - a indústria paulista tem 1,5 milhão de funcionários, 520 mil a menos que em 1994. (pág. 1, B1 e B3)

- (Buenos Aires) - Premido pela decisão da Suprema Corte argentina, que declarou inconstitucional o bloqueio dos depósitos bancários, o governo começou uma reunião de emergência ontem.
O presidente Eduardo Duhalde avisou que ninguém sairia da reunião até que houvesse sido decidido o que o governo faria para contornar a situação. O temor é que o afã dos argentinos em recuperar seus depósitos crie uma "segunda-feira negra". (pág. 1 e A15)

- Em local batizado de Cidade Carlo Giuliani, em homenagem a ativista morto no ano passado, um homem que diz ter viajado a pé do México a Porto Alegre para o 2º Fórum Social Mundial afirma: "As máquinas trazem a morte, vim até aqui a pé para pedir paz".

Além do espaço onde estão as barracas, há galpões que funcionam como um shoping center hippie. (pág. 1 e A12)

- O primeiro ato contra o Fórum Econômico Mundial ocorreu em frente à principal loja da Gap em Nova York, em dia de chuva, com hora marcada, local demarcado pela polícia e frio de 3° C.
Num palanque, os manifestantes faziam discursos, alguns em espanhol, com tradução.
Havia cerca de mil pessoas, contados ativistas, jornalistas e o público, minoria. (pág. 1 e A11)

- A Colômbia adotou na última semana nova lei que endurece as penas para o crime de seqüestro. A pena mínima passa a ser de 20 anos de prisão. A iniciativa é vista com ceticismo por organizações de vítimas e de direitos humanos.
Em 2001, houve 3.041 seqüestros no País. Há atualmente cerca de 950 pessoas em cativeiro. (pág. 1 e A22)

- O deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP), que acompanha as investigações sobre o assassinato do prefeito Celso Daniel, disse que os seis presos sob a suspeita de participação no caso afirmaram à polícia que conhecem os autores do crime, mas negaram ter algum envolvimento.
Eles foram presos nos últimos dois dias na favela Jardim Pantanal, na zona sul. (pág. 1 e C5)


Colunistas

PAINEL

O Governo federal lançará após o carnaval uma campanha publicitária estimada em R$ 30 milhões para tentar melhorar a imagem do Governo FHC e, de quebra, dar um empurrão na candidatura José Serra (PSDB).

  • O lema da campanha publicitária federal, a ser veiculada na TV, no rádio e na mídia impressa, será "Governo federal - 8 anos que mudaram o Brasil". Não haverá menção à questão da segurança pública. (pág. A4)


    Editorial

    “ARITMÉTICA DA CRISE”
    O horizonte da era pós-FHC continua nublado, porque o próprio Governo FHC preserva numa política de acumulação de problemas para os seus sucessores.

    A aritmética da crise é relativamente simples: a taxa de juros básica da economia fica em 19% ao ano. Descontada a meta inflacionária de 3,5%, o resultado é uma taxa de juros real de 14,98% ao ano.

    O detalhe crucial do modelo é o indicador usado para apurar a meta: é o Índice de Preços no Atacado, ou seja, o indicador que mais rápida e claramente reflete as ondas de desvalorização cambial. Em outras palavras, os juros continuam altos para segurar a taxa de câmbio. (pág. A2)


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    02/03/2002


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