Inflação oficial de agosto fica em 0,37%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – inflação oficial - voltou a subir no mês de agosto e apresentou variação de 0,37%, ficando 0,21 ponto percentual acima da taxa de 0,16% registrada em julho. Com este resultado, o acumulado do ano fechou em 4,42%, acima da taxa de 3,14% relativa à igual período de 2010. Os dados foram divulgados, nesta terça-feira (6), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Considerando os últimos 12 meses, o índice situou-se em 7,23%, o mais alto desde junho de 2005 (7,27%), e acima dos 6,87% relativos aos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2010 a taxa havia ficado em 0,04%.
Os alimentos, que haviam apresentado queda de 0,34% em julho, voltaram a subir de forma significativa em agosto, atingindo 0,72% de variação e causando impacto de 0,17 ponto percentual, o que representa 45% do índice do mês. Vários produtos aumentaram de preço, com destaque para as carnes (de -1,12% para 1,84%), item que exerceu o principal impacto individual no IPCA de agosto, 0,04 ponto. Quanto aos não alimentícios, a variação foi de 0,26% em agosto, abaixo dos 0,31% de julho.
Com habitação (de 0,27% de julho para 0,32% agosto), os gastos também subiram, especialmente com o aluguel residencial (de 0,46% para 1,06%), item que exerceu o segundo maior impacto no mês (0,03 ponto percentual), e com a taxa de água e esgoto (de 0,33% para 1,05%). Nesta, a alta se deve ao reajuste de 8,80%, ocorrido em 1º de agosto nas tarifas do Rio de Janeiro (7,62%) e de 7,21% em Porto Alegre (0,23%), vigente desde 1º de julho.
As despesas com transportes (de 0,46% para -0,11%) se destacaram pela queda. Isto se deve, principalmente, à redução das tarifas aéreas (de 3,20% para -5,95%), dos preços do automóvel novo (de -0,05% para -0,37%) e usado (de -0,47% para -0,61%), das tarifas dos ônibus interestaduais (de 5,80% para 0,23%), do seguro de veículos (de -0,04% para -0,88%), além da gasolina (de 0,15% para -0,14%). No caso do etanol (de 4,01% para 0,30%), embora sem apresentar redução de preços, mostrou forte desaceleração na taxa de crescimento.
Dentre os índices regionais, o maior foi na região metropolitana do Rio de Janeiro (0,47%) em virtude do reajuste de 8,80% ocorrido em 1º de agosto na taxa de água e esgoto (7,62%) e pela alta nos preços dos alimentos (1,13%). O menor foi o de Porto Alegre (0,14%), tendo em vista o resultado de alimentação e bebidas (0,13%), o menor entre as regiões pesquisadas.
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange nove regiões metropolitanas do País, além do município de Goiânia e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 28 de julho a 26 de agosto de 2011 (referência) com os preços vigentes no período 29 de junho a 27 de julho de 2011 (base).
INPC
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) variou 0,42% em agosto, acima do resultado de 0,00% de julho em 0,42 ponto percentual. Com isto, o acumulado do ano fechou em 4,14%, acima da taxa de 3,24% relativa à igual período de 2010. Considerando os últimos 12 meses, o índice situou-se em 7,40%, acima dos 12 meses imediatamente anteriores (6,87%). Em agosto de 2010 o INPC havia ficado em -0,07%.
Os produtos alimentícios apresentaram variação de 0,70% em agosto, enquanto os não alimentícios aumentaram 0,30%. Em julho, os resultados ficaram em -0,54% e 0,24%, respectivamente.
Dentre os índices regionais, o maior foi registrado na região metropolitana do Rio de Janeiro (0,66%) em virtude do reajuste de 8,80 % ocorrido em primeiro de agosto no valor das tarifas da taxa de água e esgoto (7,62%) e também pelos alimentos (1,02%). Curitiba (0,02%) apresentou a menor taxa, onde os alimentos variaram 0,14%.
O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de um a seis salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange nove regiões metropolitanas do País, além do município de Goiânia e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 28 de julho a 26 de agosto de 2011 (referência) com os preços vigentes no período 29 de junho a 27 de julho de 2011 (base).
A publicação completa da pesquisa pode ser acessada no site do IBGE.
Fonte:
IBGE
06/09/2011 11:42
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