IPCA-15 de agosto fica em 0,27%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de 0,27% em agosto e ficou acima da taxa de julho (0,10%) em 0,17 ponto percentual. Com esse resultado, o acumulado no ano foi para 4,48%, fechando acima de igual período do ano anterior (3,21%). Na perspectiva dos últimos 12 meses, o IPCA-15 ficou em 7,10%, acima dos 12 meses imediatamente anteriores (6,75%). Em agosto de 2010, a taxa havia sido de -0,05%. Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foram publicados nesta sexta-feira (19).
Liderado por refeição em restaurante, que teve alta de 0,92%, exercendo o principal impacto individual no índice do mês (0,04 ponto percentual), o grupo alimentação e bebidas voltou a subir, situando-se em 0,21% em agosto, enquanto havia apresentado queda de 0,39% em julho. Vários alimentos que estavam em queda no mês anterior subiram em agosto. É o caso do feijão (carioca, de –0,73% para 1,21%), do arroz (de –1,29% para 0,34%) e das carnes (de –1,50% para 0,52%).
Outros itens exerceram pressão sobre o índice do mês, a exemplo do aluguel residencial, que, da variação de 0,46% de julho, passou para 1,06% em agosto, destacando-se Belo Horizonte, com 2,20% de alta no mês, e Brasília, com 2,07%. Também foi mais intensa a taxa de crescimento dos eletrodomésticos (de 0,61% para 1,27%), dos artigos de vestuário (de 0,15% para 0,68%) e das tarifas dos ônibus interestaduais (de 2,97% para 4,09%).
No caso dos combustíveis, que passaram de –1,17% para 0,01%, apesar da menor intensidade de alta do etanol, que foi de 1,79% para 1,54%, a gasolina apresentou queda bem menos significativa, indo de –1,49% para –0,17% e, com isto, exerceu pressão sobre o índice do mês.
Dessa forma, enquanto os alimentos ficaram, em média, 0,21% mais caros, os produtos não alimentícios aumentaram 0,29%, acima do resultado de julho, que foi 0,25%.
Dentre os índices regionais, o maior foi o de Brasília (0,44%), em virtude, principalmente, do aumento do aluguel (2,07%) e dos combustíveis (1,77%). O mais baixo foi o de Recife, com queda de 0,17% devido ao menor resultado dos alimentos (-0,66%).
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados de 14 de julho a 12 de agosto e comparados com aqueles vigentes de 14 de junho a 13 de julho de 2011. O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA; a diferença está no período de coleta dos preços.
Fonte:
IBGE