Inglaterra quer cooperação científica com Estado de São Paulo
Secretário de Ensino Superior recebe conselheiro-chefe científico do Reino Unido
O Secretário de Ensino Superior, Carlos Vogt, recebeu na terça-feira, 11, em nome do governo do Estado de São Paulo, o conselheiro-chefe científico do governo do Reino Unido e presidente do Departamento de Ambiente, Alimentos e Questões Agrícolas, John Beddington. No encontro, o conselheiro britânico se mostrou bastante interessado em desenvolver redes de pesquisa com o Estado de São Paulo, principalmente nas áreas de pesquisa e inovação tecnológica. O Prof. Beddington estava acompanhado de Steve Visscher, dirigente do Conselho Britânico de Pesquisas em Ciências Biológicas e Biotecnologia, do Cônsul Geral Britânico em São Paulo, Martin Raven, e do Vice-Cônsul Damian Popolo.
O objetivo da reunião foi estreitar as relações com o Reino Unido e buscar cooperação com o Brasil, em especial com as universidades vinculadas à Secretaria de Ensino Superior do Estado de São Paulo (USP, UNESP e UNICAMP), além da Fundação de Amparo á Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). As reuniões com as respectivas universidades estão em andamento e o interesse é dividir as experiências relacionadas à ciência e tecnologia.
O conselheiro comentou as bem-sucedidas experiências das universidades estaduais paulistas com as agências de inovação, como a Inova, Agência de Inovação da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), já visitada pelo conselheiro, além dos programas de apoio à inovação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), como o PIPE (Pesquisa Inovativa na Pequena e Micro Empresa) e o PITE (Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica). Além da UNICAMP, as demais universidades estaduais também possuem agência de inovação: a Agência USP de Inovação (Universidade de São Paulo – USP) e o recém-criado Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), da Universidade Estadual Paulista (UNESP). As agências de inovação têm como objetivo estimular e articular parcerias entre a universidade, sociedade, empresas, setor público, institutos e fundações e, indo além, contam com profissionais especializados em patentes e nos procedimentos de registro de invenções.
O Secretário de Ensino Superior, Carlos Vogt, lembrou ainda das iniciativas de pesquisa sobre a capacidade inovativa das empresas, como o Índice Brasil de Inovação (IBI), trabalho conduzido por pesquisadores da UNICAMP com apoio da FAPESP, e sobre as iniciativas de divulgação científica e tecnológica, como a própria revista Inovação, da Inova/UNICAMP, produzida pelo Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor/UNICAMP), que é coordenado pelo Secretário.
Especialista em economia da biologia e de gestão sustentável dos recursos renováveis - áreas que pesquisa -, o conselheiro falou ainda sobre suas preocupações ambientais, como a questão do aquecimento global e futura falta de alimentos, em razão do observado crescimento da população. E salientou as interessantes experiências que o Brasil vem desenvolvendo no campo de pesquisa e inovação. “Temos interesse em desenvolver redes de conhecimento entre cientistas brasileiros e britânicos”, finalizou o Prof. Beddington.
Da Secretaria de Ensino Superior
(I.P.)
03/12/2008
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