Instalada subcomissão para tratar da fronteira norte



A Comissão de Relações Exteriores (CRE) instalou, nesta quarta-feira (13), a Subcomissão Permanente da Amazônia e da Faixa de Fronteira, para tratar de assuntos específicos da fronteira norte do país e trabalhar para harmonizar potenciais dificuldades do Brasil e de países limítrofes na região, como Guiana Francesa, Suriname, Guiana, Venezuela, Colômbia e Peru.

A subcomissão poderá tratar da associação entre empresas brasileiras com corporações desses países, bem como propor tratados de cooperação e realização de operações militares conjuntas nas regiões de fronteira. O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) foi eleito presidente da subcomissão e o senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) vice-presidente, para os trabalhos do biênio 2009/2010.

Mozarildo afirmou que o grande desafio é definir ações para o desenvolvimento da Amazônia e a promoção do bem-estar da população. Segundo ele, até agora todos têm se mostrado mais preocupados em alardear o que não se pode fazer na Amazônia, sendo essa atitude contrária à geração de riquezas.

Geraldo Mesquita destacou que não se pode pensar na Amazônia como se fosse um grande santuário, uma terra intocável a ser preservada para as gerações futuras. Para ele, é preciso haver desenvolvimento econômico e social. A idéia de criar a subcomissão, observou, tem por finalidade provocar a discussão no Senado e encontrar soluções para os problemas da Amazônia, dando sustentabilidade à sua população.

Para o senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO), é preciso uma ação persistente e obstinada para usar, de forma sustentável, a riqueza da biodiversidade amazônica em favor de sua população e do Brasil como um todo. Quintanilha, que preside a Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR), lembrou que a CDR tem uma atuação afinada com a Amazônia, buscando trabalhar pela preservação de seus recursos e de seu potencial turístico, gerando riquezas e, sobretudo, empregos.

O senador Augusto Botelho (PT-RR) manifestou preocupação com a titularização das propriedades na região, sobretudo das pequenas. Para ele, é importante dar posse aos agricultores que já vivem em suas terras há muitos anos.

- O Ibama dificulta as coisas. Se o seu Mané ou seu Zé não podem desmatar a floresta, é preciso ensinar-lhes a tecnologia agrícola para fazer diferente, pois só sabem fazer assim: derrubar para depois plantar. A posse é um direito de quem vive da terra, chamar de grileiro quem está lá há 100 anos é um absurdo, é preciso resolver essa situação com justiça social - argumentou Augusto Botelho.



13/05/2009

Agência Senado


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