Instituições propõem fortalecimento do Programa Soja Livre



A fim de fortalecer a parceria para o prosseguimento das ações do Programa Soja Livre (PSL), representantes de diversas instituições reuniram-se, no último dia 9, na sede da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

O Programa Soja Livre surgiu em 2009 para suprir as necessidades dos produtores que buscavam mais opções e maior diversidade de cultivares convencionais de soja, dando ao mercado mais alternativas de produtos e ao produtor maior liberdade de escolha no estabelecimento de seu cultivo.

Participaram do encontro, além da Embrapa, a Associação Brasileira dos Produtores de Grãos Não Geneticamente Modificados (Abrange) e a Associação dos Produtores de Soja e Milho do Mato Grosso (Aprosoja/MT).

Segundo Frederico Durães, gerente-geral da Embrapa Produtos e Mercado, o agronegócio brasileiro está demandando insumos diversificados, que auxiliem o produtor rural na busca do atendimento aos consumidores mais exigentes e exclusivos, possibilitando maiores volumes de negócios. Por isso, a Embrapa, como a instituição líder no mercado brasileiro de soja convencional, participa do Programa Soja Livre disponibilizando ao produtor as cultivares convencionais da Empresa. Ele explica que hoje são mais de 35 cultivares comerciais da Embrapa disponíveis, que podem ser cultivadas em quase todas as regiões brasileiras e que atendem plenamente os objetivos do Programa.

Para Durães, o fortalecimento da parceria com a Abranje e a Aprosoja para a consolidação do Programa Soja Livre trará muitos resultados positivos para o produtor de soja, permitindo que estes agricultores tenham mais e melhores alternativas para a sustentabilidade do sistema produtivo, e o fortalecimento do agronegócio brasileiro.

Cesar Borges de Souza, presidente da Abrange, acredita que este alinhamento das três instituições participantes do Programa Soja Livre é excepcionalmente importante, pois traz força a este grupo que representa os produtores agrícolas, as indústrias e a pesquisa. “Esse alinhamento vai fazer com que o Programa seja ainda mais importante do que já é, dando sinais claros de união aos compradores internacionais – especialmente alemães, japoneses e chineses-, que têm vindo ultimamente nos procurar para novos negócios”, finaliza.

Mercado da soja

A soja representa para o Brasil uma das principais commodities agrícolas. O País é o maior produtor mundial deste grão, com um valor bruto de produção de mais de R$ 80 bilhões e um mercado que envolve diversos setores da economia nacional e internacional. Além do grão exportado, muitos dos seus derivados e subprodutos são responsáveis pela movimentação de inúmeros elos da cadeia produtiva, envolvendo trades, indústrias de alimentos, empresas de consultoria e prestação de serviços, etc. A soja é usada tanto na alimentação humana quanto animal.

Com a facilidade de adoção e avanço tecnológico da soja transgênica, ou RR (Roundup Ready), a soja convencional passou a ser um nicho de mercado e poucas empresas brasileiras continuaram com programas de melhoramento vegetal para esse tipo de produto. A Embrapa continua fortalecendo sua pesquisa para esse mercado para abastecer a demanda nacional e internacional. Atualmente, a soja convencional representa 11% dos produtores de soja do Brasil e 23% dos produtores do Estado do Mato Grosso.

O mercado mundial de convencionais tem um apelo forte para as empresas com foco em produtos orgânicos ou que usam a soja convencional para produção de leite e derivados do grão, especialmente para alimentos de bebês e crianças. A movimentação política internacional para descrição e rotulagem de grãos geneticamente modificados (GM), bem como novas demandas legais da comunidade europeia, estimularam o aumento da procura por materiais convencionais, o que tornou a semente de soja convencional bastante atrativa para o mercado brasileiro e mundial.

O mercado de soja convencional, devido ao aumento na demanda, passou a valorizar a sua produção com o pagamento de prêmio ao produtor. Hoje, o produtor de soja convencional recebe um diferencial médio de US$ 2,5 a saca de soja produzida. Essa diferença positiva para o produtor tem estimulado a demanda por sementes convencionais, chamando a atenção até mesmo de empresas que não trabalhavam com esse mercado anteriormente.

Fonte:
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
 



15/10/2013 15:31


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