Instituto de Traumatologia passa a oferecer nova cirurgia craniana à população



Banco de Tecidos do Instituto vai armazenar a calota craniana de pacientes de neurocirurgia para diminuir o risco de infecções e o tempo de cirurgia

 

Pacientes da neurocirurgia de dois hospitais públicos do Rio de Janeiro agora contam com o novo serviço de captação e armazenamento da calota craniana (osso da parte superior do crânio), oferecido pelo Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into). A cooperação técnica foi formalizada entre o Banco de Tecidos do Into e os Hospitais Miguel Couto e Federal de Ipanema.

Com o novo procedimento, técnicos do Banco de Tecidos do Into estão fazendo a captação e o armazenamento do material recolhido de pacientes durante as cirurgias realizadas nesses hospitais. O Instituto já realizou 35 captações desse tipo em cirurgias de urgência, sendo que seis foram devolvidas aos hospitais para que fosse feito o reimplante nos próprios pacientes.

 


Processo

A prática utilizada pelos neurocirurgiões era guardar a calota craniana no abdômen do paciente, o que levava ao aumento do risco de infecções. “Com a captação, poderemos diminuir o risco de infecções e o tempo de cirurgia, já que não há a necessidade de realizar uma cirurgia para a guarda da calota no abdômen, como antigamente”, afirma o ortopedista Rafael Prinz, chefe do Banco de Tecidos do Into.