Instituto Mamirauá lança protocolo de manejo de jacarés



Para disseminar práticas sustentáveis de conservação dos recursos naturais, o Instituto Mamirauá acaba de lançar um protocolo de manejo de jacarés. A publicação, intitulada “Construindo as bases para um Sistema de Manejo Participativo dos Jacarés Amazônicos”, baseou-se na experiência de manejo desenvolvida em dois setores da Reserva Mamirauá: os setores Jarauá e Aranapu. A proposta aborda critérios e orientações para definir as primeiras fases da estruturação do manejo com envolvimento e participação das comunidades.

Segundo o pesquisador do Instituto Mamirauá Robinson Botero-Arias, um dos autores do protocolo, o documento foi estruturado tendo como base as legislações estaduais e federais, assim como os critérios biológicos e sociais que regem o plano de gestão da Reserva Mamirauá. “O objetivo do protocolo de manejo de jacarés é apresentar de forma clara e estruturada os critérios e as diretrizes para construção e implementação de um sistema de Manejo de jacarés, com base comunitária”, comentou o pesquisador.

O livro apresenta o histórico de uso dos jacarés amazônicos, cuja caça indiscriminada, sobretudo para o aproveitamento da pele, levou a diminuições drásticas das populações da espécie, especialmente de jacaré-açu. Depois da proibição do aproveitamento econômico da fauna silvestre no Brasil, em 1967, houve aumento da população de jacarés na região. No entanto, o comércio ilegal de carne continuou e se transformou em uma alternativa econômica para muitas populações ribeirinhas na Amazônia brasileira até os dias atuais. 

Ao conhecer a publicação, os interessados podem conhecer sobre o contexto do manejo de jacarés na Reserva Mamirauá, além de uma projeção do Sistema de Manejo Participativo em Unidades de Conservação. Posteriormente, o Instituto Mamirauá apresenta os princípios do Sistema de Manejo Participativo dos Jacarés Amazônicos, que se baseia na organização comunitária. “A geração de conhecimentos básicos para avaliar e aperfeiçoar critérios ecológicos, e que direcionem as futuras ações de aproveitamento de Jacarés, deve ser tratada como um compromisso coletivo”, orienta Robinson.

A publicação encerra com a reprodução da Resolução nº 008, do Conselho Estadual de Meio Ambiente do Estado do Amazonas, de 27 de Junho de 2011, que estabelece procedimentos técnicos para o Manejo de Jacaré oriundos de Unidades de Conservação de Uso Sustentável do Estado do Amazonas, e a instrução normativa nº001/2011, de 29 de junho de 2011, que estabelece normas para o abate e processamento de carne de jacarés oriunda de programas de manejo extrativista em Unidades de Conservação de Uso Sustentável no Estado do Amazonas.

Para conhecer a publicação, acesse www.mamiraua.org.br/protocolo-jacares.

Fonte:
Instituto Mamirauá



18/03/2014 19:14


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