Intercâmbio leva pesquisadores estrangeiros à telemedicina da USP



O sistema de informática da universidade é um dos maiores do mundo instalado em um complexo hospitalar

O Programa Eurosocial trouxe representantes de dez países para conhecer a infra-estrutura e a rede de telemedicina do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina (FM) da Universidade de São Paulo. O sistema de informática da universidade é um dos maiores do mundo instalado dentro de um complexo hospitalar.

A comitiva estrangeira veio por intermédio do Programa Eurosocial da Comissão Européia, em uma ação conjunta da USP e do Ministério da Saúde. Integraram o grupo profissionais da Colômbia, Costa Rica, Panamá, Chile, Paraguai, Equador, México, Argentina, Espanha e da Itália.

Os visitantes puderam conhecer as instalações do complexo do HC-FMUSP e as inovações criadas na universidade, como os conceitos e recursos de Teleassistência Formativa e Teleducação Interativa, desenvolvidos e utilizados de maneira cooperada por serviços e clínicas da telemedicina da USP.

No encontro foram discutidos temas sobre a inserção da telessaúde como fator de coesão social e o emprego da tecnologia na saúde e na educação. Os estrangeiros também revelaram as experiências de seus países com a telemedicina. Relataram dificuldades e analisaram os modelos adotados pelos países vizinhos, como a chamada Cadeia Produtiva de Saúde.

A Cadeia é um conceito criado pela telemedicina da FMUSP que permite, por meio da tecnologia, a atuação dos profissionais da saúde e de integrantes da sociedade em todo o processo de melhoria de qualidade de vida. Atua na prevenção de doenças, diagnóstico precoce, atendimento básico e especializado em saúde e reintegração física e social de pacientes com seqüelas.  

((entra boxe)) 

Rede EPesq: conexão com o mundo 

A Rede Educação e Pesquisa (EPesq) foi um dos pontos de maior interesse dos visitantes. O recurso tecnológico interliga por cabo e fibra óptica todo o complexo HC-FMUSP com unidades da USP e diversas instituições do Brasil e do mundo. Possibilita videoconferência e transmissão de aulas e eventos por streaming. A técnica envia um arquivo de multimídia em partes e dispensa a necessidade de o arquivo estar completo para ser exibido.

A Rede EPesq interliga o Laboratório de Habilidades Médicas, o Serviço de Verificação de Óbitos da Capital, o Centro de Ensino e Pesquisa em Cirurgia Vicky Safra e o Centro de Estudos em Telenfermagem da Escola de Enfermagem da USP. 

Repercussão – Na visita, foram apresentadas técnicas locais em diversas especialidades médicas voltadas para o ensino, a pesquisa e a prática da telessaúde, como a teleodontologia, a telepatologia, a telenfermagem e a telefisiatria. “É surpreendente a integração entre as áreas”, constatou a colombiana Blanca Luz Hoyos Henao.

“Vamos transmitir à União Européia as experiências compartilhadas em São Paulo, inclusive o uso dos recursos tecnológicos disponíveis de forma humanizada e em prol da saúde”, salientou o espanhol Jesus Yañes Sanchez.

“Mostramos como o Hospital das Clínicas e a FM têm trabalhado em conjunto com outras unidades da USP para consolidar a telemedicina. Este é um instrumento de promoção de saúde, inclusão digital, incentivo às iniciativas estudantis, descoberta de jovens talentos, capacitação de profissionais e otimização do sistema de saúde”, explicou o professor Chao Lung Wen, médico e chefe da disciplina de telemedicina da universidade.  

Da Faculdade de Medicina da USP 



03/11/2008


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