IPCA-15 fica em 0,75% e IPCA-E fecha o ano em 5,85%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve variação de 0,75% em dezembro e ficou 0,18 ponto percentual acima da taxa de 0,57% registrada em novembro.
Com isso o IPCA-E, que se constitui no IPCA-15 acumulado, ficou em 1,81% no último trimestre e fechou o ano em 5,85%, acima do ano de 2012 (5,78%).
Em dezembro de 2012, a taxa foi de 0,69%. Os dados completos do IPCA-15 podem ser acessados na página do IBGE na internet.
A seguir, os resultados por grupos de produtos e serviços pesquisados:
Em dezembro, o maior impacto individual foi exercido pelas passagens aéreas, cujo aumento de 20,15% gerou 0,11 ponto percentual de impacto.
A gasolina veio em seguida, com preços 2,15% mais caros e impacto de 0,08 ponto percentual. Juntas, com 0,19 p.p., passagens aéreas e gasolina dominaram o índice do mês, respondendo por um quarto dele.
Com isso, o grupo Transporte foi para 1,17%, após ter saído de novembro com 0,39%. Em dezembro, houve pressão, ainda, do etanol, com alta de 2,42%, e do item conserto de automóvel, que aumentou 1,06%.
Mesmo com forte aceleração de novembro para dezembro, Transportes fechou o ano com 2,65%, a segunda menor posição nos resultados dos grupos, acima apenas de Comunicação, que ficou com variação anual de 1,63%, apesar dos serviços de telefonia com internet terem subido 4,39% de novembro para dezembro.
O índice do mês também foi influenciado pelo item empregado doméstico, cuja variação foi de 0,86% e, junto com outros itens em alta, como excursão (9,39%), cigarro (2,47%), manicure (1,28%) e cabeleireiro (1,22%) levaram as Despesas Pessoais ao maior resultado de grupo, com 1,18% ante 0,68% registrado em novembro. Considerando o ano de 2013, as Despesas Pessoais também ficaram com o maior resultado, atingindo alta de 9,19%.
Nas despesas com Habitação, que passou de 0,50% em novembro para 0,59% em dezembro, os destaques ficaram com os itens aluguel (0,75%), energia elétrica (0,63%), condomínio (0,60%), gás de botijão (0,57%) e taxa de água e esgoto (0,42%).
Assim, o ano fechou com o grupo em 3,28%, abaixo, portanto, do índice geral, embora o aluguel, que aumentou 12,01%, seja destaque por ter exercido o principal impacto no ano, 0,45 ponto percentual. Isso ocorreu porque, em contraposição, a energia elétrica, cujas contas ficaram 15,74% mais baratas, constituiu-se no mais forte impacto para baixo, com -0,53 ponto percentual.
De novembro para dezembro, além dos grupos anteriores, Saúde e Cuidados Pessoais mostrou aceleração na taxa, indo de 0,39% para 0,46%, situando-se em 7,08% no ano.
Enquanto isto, os Artigos de Residência apresentaram taxas próximas, com 0,55% em novembro e 0,57% em dezembro, fechando com 6,24%, ao passo que os demais três grupos recuaram em relação ao mês anterior.
Foram eles: Vestuário (de 0,96% para 0,78%), Alimentação e Bebidas (de 0,84% para 0,59%) e Educação (de 0,09% para zero), fechando o ano, respectivamente, com 5,36%, 8,50% e 7,90%.
Com relação aos alimentos, alguns se mostraram mais baratos de novembro para dezembro, a exemplo do feijão carioca (-8,83%), óleo de soja (-1,42%) e leite longa vida (-2,84%), este o principal impacto para baixo no mês, com -0,03 ponto percentual.
Considerando o ano, óleo de soja (-18,11%) e o feijão carioca (-12,07%) fecharam em queda também, incluindo produtos como açúcar refinado (-14,60%) e arroz (-5,40%). Outros itens se destacaram do lado das altas, a exemplo do leite longa vida (21,69%), pão francês (15,04%), lanche (12,69%) e refeição fora de casa (9,19%).
Dentre os índices regionais, o maior foi o registrado em Fortaleza (1,01%), onde os preços dos alimentos subiram 1,04%, bem acima da média de 0,59%, que considera todas as regiões pesquisadas. Já o mais baixo ocorreu em Goiânia (0,64%), onde os alimentos (0,19%), ao contrário, ficaram abaixo da média nacional.
Para o cálculo do IPCA-15 os preços foram coletados no período de 12 de novembro a 12 de dezembro (referência) e comparados com aqueles vigentes de 12 de outubro a 11 de novembro (base).
O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços.
Fonte:
IBGE
19/12/2013 15:34
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