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IPT faz estudo sobre árvores do Palácio dos Bandeirantes

Os bosques da sede do governo paulista reúnem cerca de 2 mil árvores

No alto de um espigão da Serra Morumbi, ergue-se o Palácio dos Bandeirantes rodeado por jardins onde árvores nativas e exóticas convivem em perfeita harmonia com as centenas de obras de arte do acervo cultural da sede do governo paulista. São cerca de  duas mil árvores plantadas, marcando com sua florada cada estação do ano e abrigando em seus galhos diversas espécies de pássaros.

A riqueza desse acervo natural foi reconhecida por um decreto de 1989, que considera patrimônio ambiental e declara imune ao corte todos os exemplares arbóreos do Palácio dos Bandeirantes. Mas quais e quantos são esses exemplares? Quais espécies de pássaros habitam a sede do governo?

Para tirar essas perguntas a limpo, a Casa Civil em parceria com o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) está fazendo o cadastramento das árvores existentes e elaborando um inventário arbóreo que reunirá informações importantes para a criação de estratégias de manejo dos exemplares.

Entre as características que estão sendo inventariadas, destacam-se os itens de sanidade biológica. Os técnicos estão fazendo um relatório detalhado da ocorrência de organismos como fungos, cupins, brocas e formigas e defeitos internos e externos que podem interferir na estabilidade dos exemplares. Com esses dados, eles poderão avaliar as condições exatas de saúde das árvores palacianas ou o risco de queda. Este estudo também utilizará o sistema de informações geográficas, georreferenciamento, como ferramenta para localização destas árvores nas dependências do Palácio.

Embora ainda não esteja concluído, o estudo já destaca a existência de diversos exemplares da flora nativa brasileira, como o Ipê Amarelo (Tabebuia sp),  Paineira (Chorisia speciosa), Pau- Brasil (Caesalpinia echinata), Jequitibá-Rosa (Cariniana legalis), Araucária (Araucaria angustifólia), Palmeira Jerivá (Syagrus romanzoffiana) e Pau Jacaré (Piptadenia gonoacantha). Além de árvores exóticas como as Cerejeiras, Pinheiros e Flamboyant.

Desde segunda-feira, 2, esse acervo ganhou novos exemplares, com o plantio, comandado pelo governador José Serra, de treze mudas de espécies raras em comemoração à Semana do Meio Ambiente. Cedidas pelo Instituto Florestal de São Paulo, foram incorporadas ao bosque do Bandeirantes mudas de cabreúva, cedro-rosa, jequitibá-rosa, pau-marfim e sapucaia, entre outras.

Os pássaros

Outra parceria da Casa Civil, desta vez com especialistas do Centro de Estudos Ornitológicos (CEO), organização não governamental e sem fins lucrativos vinculada à USP, desenvolveu estudos ornitológicos de reconhecimento da avifauna dos jardins do Palácio dos Bandeirantes.

De agosto de 2006 a julho de 2007, em nove visitas ao Palácio dos Bandeirantes, os representantes dos dois órgãos identificaram 46 espécie de aves como o João de Barro (Furnarius rufus), o Quero- Quero (Vanellus chilensis), o Pica-Pau do campo (Colaptes campestris), o Pica-Pau da cabeça amarela (Celeus flavescens), o Alma de Gato (Piaya cayana), entre outros.

Mariana Garbin com Casa Civil

(I.P.)

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