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Ital: pioneirismo em tecnologia de alimentos

Instituto de Tecnologia de Alimentos do Estado coloca sua estrutura a serviço da inovação nos agronegócios

Na linha de produção da empresa de chocolates, quatro bombons apresentavam problemas em seu prazo de validade. Em média, em menos de quinze dias estavam estragados. Para solucionar o problema, a empresa buscou - e encontrou - no Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), órgão vinculado à Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento, a consultoria especializada que precisava.

Sob orientação técnica dos especialistas do Instituto, as receitas foram alteradas. Com a inclusão de conservantes nas novas formulações, hoje os mesmos bombons podem ser consumidos até quatro meses após a fabricação. “Essa mudança foi importante para o crescimento do nosso negócio”, afirma Alexandre Tadeu da Costa, fundador da Cacau Show, marca que possui uma grande rede de lojas de chocolates e processa, atualmente, cinco milhões de quilos de doces com essa matéria prima por ano.

Este é apenas um dos inúmeros exemplos que o Ital tem reunido ao longo de seus 44 anos de existência. E os “cases” não ficam apenas na iniciativa privada. O Instituto, instalado em Campinas e pioneiro no País na área de processamento de produtos alimentícios, atende também outros órgãos do Estado e organizações não-governamentais.

A lista de serviços é bastante extensa e capaz de abarcar todos os aspectos envolvidos no processamento de alimentos. Para isso, o Instituto mantém dez unidades técnicas especializadas.

Veja o que elas fazem

No portfólio dos Centros estão a pesquisa, o desenvolvimento de produtos, a assistência tecnológica e a difusão do conhecimento técnico-cientifico para o agronegócio.

Demandas

Segundo o diretor-geral do Ital, Luis Fernando Ceribelli Madi, o Instituto está capacitado a atender várias demandas, mas tem como um dos grandes desafios atuar junto às pequenas, médias e micro empresas tanto em seu desenvolvimento quanto em ganho de competitividade. “De forma geral, essas empresas não têm estrutura para o desenvolvimento do trabalho mais técnico e analítico”, explica. 

Outra demanda do Instituto está na capacitação profissional, completa o diretor. “Nesse sentido, temos um histórico de realizar cerca de 50 eventos ao ano, com a participação de aproximadamente 2,5 mil profissionais. Este ano pretendemos ultrapassar esse número. Os Centros do Ital estão orientados a ampliar a sua capacitação tecnológica”.

Alguns números podem dar idéia do ritmo de atividades que o Instituto mantém. Em 2006, o Ital realizou 44.466 análises; emitiu 8.458 laudos; obteve a aceitação de 416 propostas de assistência tecnológica; 76 projetos foram aceitos junto às agências de fomento; 51 eventos realizados; e 22 projetos desenvolvidos junto à iniciativa privada. Tudo isso contando com 320 profissionais e 234 estagiários, conforme dados de junho de 2007.

Quantidade e qualidade caminham juntas no Instituto. “Fomos a primeira instituição pública do Brasil a obter a certificação ISO 9001. Além disso, também conseguimos ser os primeiros a conquistar a ISO 17.025, conhecida como a ISO Laboratorial. Esses credenciamentos dão aos ensaios feitos no Ital uma validação internacional e melhoram muito o sistema de rastreabilidade das informações”, informa o diretor.

Confira as pesquisas que fizeram e fazem história o Ital.

Joice Henrique

(I.P.)

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