Ital recomenda cautela na hora de escolher o peixe nesta páscoa
A época é propícia para lembrar os riscos de contaminação que o consumo da carne de peixe podem acarretar e orientar sobre os cuidados que podem minimizá-los na hora da compra e do preparo. Segundo Neliane Ferraz de Arruda Silveira, pesquisadora do Instituto de Tecnologia de Alimentos da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (Ital/Apta/SAA), os riscos mais freqüentes associados são a toxinfecção alimentar e intoxicação histamínica.
Os sintomas da intoxicação histamínica podem variar de rápidas coceiras, vermelhidão e inchaços, especialmente no rosto, até choques anafiláticos, dependendo da sensibilidade da pessoa e da dosagem de histamina presente no peixe. A contaminação pode, em alguns casos, ter início ainda no barco, se houver longa exposição à temperatura ambiente, o que favorece a rápida multiplicação microbiana.
Observar as condições do local de venda é a primeira providência a ser tomada. “O consumidor deve evitar mercados que não têm boa aparência, especialmente com a presença de insetos, bancas em que o pescado não esteja bem conservado. É importante que esteja em gelo em escamas, com temperaturas perto do ponto de fusão”, explica Neliane.
Com relação à qualidade do peixe fresco, a pesquisadora dá as dicas: as escamas não podem se soltar com facilidade; os olhos precisam estar brilhantes; ao pressionar o abdômen do peixe, a carne deve voltar com facilidade, sinal de uma boa elasticidade; o produto tem de apresentar odor característico; e, se o desejo for comprar o peixe em postas, o ideal é solicitar que ele seja fatiado na hora.
O bacalhau não deve apresentar manchas escuras, precisa ter aparência inteiriça (não pode desmanchar) e o sal espalhado na superfície necessita de uma aparência homogênea, conforme ressalta a pesquisadora.
Caso uma possível causa de contaminação não seja evidente, cabe ainda uma última estratégia: prestar atenção ao odor na hora do preparo. Se houver alguma alteração não aparente na carne, é possível que ela exale um odor desagradável. Nesse caso, o pescado não estará apto para consumo. (Fonte: Assessoria de Comunicação do Ital)
Da Secretaria de Agricultura
C.M.
03/20/2008
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