Ivo Cassol denuncia má gestão no governo de Rondônia



O senador Ivo Cassol (PP-RO) criticou em Plenário nesta terça-feira (30) a gestão do atual governador de Rondônia, Confúcio Moura (PMDB), a quem acusou de endividar o estado e de não agir de forma imediata para coibir irregularidades no governo.

Cassol afirmou que Rondônia tem uma dívida pública de R$ 1,2 bilhão e não consegue administrar seu orçamento de forma a investir nos serviços voltados à população. A conta de energia elétrica do governo não estaria sendo paga, assim como o aluguel das viaturas para segurança pública. O governo também não conseguiu dar os reajustes salariais prometidos aos servidores do estado, declarou o senador.

O mais grave, salientou, foi a denúncia que apresentou ao Ministério Público estadual e ao Ministério Público Federal de desvio de R$ 5,6 milhões dos cofres públicos na compra de material ortopédico pela Secretaria de Saúde de Rondônia. Enquanto os recursos vão sendo desviados, disse, a população sofre à espera de cirurgias na rede pública ou tendo de pagar do próprio bolso por remédios e equipamentos hospitalares.

O senador citou também a Operação Termópilas, deflagrada pela Polícia Federal em novembro do ano passado, quando parlamentares e representantes do governo de Rondônia foram presos sob acusação de participação em um esquema fraudulento que favorecia empresas em licitações e contratos de prestação de serviço, especialmente na Secretaria da Saúde e na Secretaria de Justiça.

- Não vou aceitar que coloquem os problemas nos meus ombros como se fossem coisas do meu governo. Fui o governador mais investigados do país, pelas denuncias que fiz dos maus políticos, e nunca encontraram nada. Se fosse comigo, eu os tinha colocado para correr, porque ladrão na minha administração não se cria – afirmou Cassol, que governou Rondônia de 2003 a 2010, rebatendo as declarações de integrantes do atual governo de que parte dos problemas do estado seria "herança" das gestões passadas.

Em aparte, o senador Tomás Correia (PMDB-RO), defendeu o governador Confúcio Moura, afirmando que ninguém “pode duvidar de seu comportamento ético” e que ele não pode ser responsabilizado por escolhas erradas de sua equipe.



30/10/2012

Agência Senado


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