Jarbas defende 'mais planejamento e menos arrogância' para melhorar setores de energia e infraestrutura



Em pronunciamento nesta quarta-feira (24), o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) sugeriu que o governo atue com “mais planejamento, menos arrogância e menos improviso” para alcançar avanços no setor elétrico e na infraestrutura do país. Ele disse que o PT sempre lembrou o racionamento de energia de 2001, no governo Fernando Henrique, mas, após dez anos de poder, está evidente que os petistas não aprenderam com os erros alheios. Segundo Jarbas, a "soberba" do governo em nada ajuda a corrigir os problemas em estradas, portos, aeroportos, ferrovias e geração de energia.

Citando matéria publicada pela Folha de S. Paulo no último dia 17, Jarbas disse que Dilma Rousseff decidiu economizar a água das hidrelétricas, determinando o uso massivo das termelétricas, mais caras e mais poluentes. Essa seria a maior economia de água nas hidrelétricas desde o racionamento de 2001.

Segundo a mesma reportagem, acrescentou Jarbas, sem hidrelétricas licenciadas e sem oferta de gás natural barato para térmicas, o governo Dilma será obrigado a aceitar o retorno das usinas a carvão, em leilão previsto para o próximo semestre, o primeiro a que terão acesso em sete anos.

Pelo plano do governo, disse Jarbas, os reservatórios das usinas do Sudeste e do Centro-Oeste terão de alcançar, até novembro, 47% da sua capacidade. No Nordeste, a meta é atingir 35%. Para a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) isso seria o suficiente para garantir o abastecimento de energia em 2014, ano em que o Brasil sediará a Copa do Mundo.

Segundo Jarbas, na matemática governamental, o conjunto de hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste, que na semana passada estavam com 60,15% de armazenamento de água, poderá perder 13 pontos percentuais nos próximos sete meses. No caso do Nordeste, o nível estava em 45,7%, podendo perder apenas 10 pontos percentuais.

- Mais uma vez, estaremos nas mãos de São Pedro, uma dependência tão criticada pelos governos do PT, mas que pouco, muito pouco se fez para que ela deixe de existir - afirmou.

Jarbas reiterou que só há uma forma de enfrentar a realidade dinâmica dos fatos: com mais planejamento e menos improviso. Para ele, está evidente que a fama de gestora da presidente da República era apenas "um recurso de marketing eleitoral do senhor João Santana”.

- O governo federal tinha todas as informações sobre o que estava para acontecer no clima do Nordeste, mas só foi agir quando os efeitos da falta d’água já eram devastadores.



24/04/2013

Agência Senado


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