Jayme Campos: Gleisi Hoffmann pode resgatar imagem da Casa Civil
O senador Jayme Campos (DEM-MT) disse em Plenário nesta quarta-feira (8) que a nomeação de Gleisi Hoffmann para o cargo de ministra chefe da Casa Civil pode representar uma reabilitação daquele ministério, desgastado pelo que chamou de "grave crise ética" provocada por uma sucessão de escândalos desde que José Dirceu ocupou o cargo no início do governo Lula. Ele pediu que Gleisi Hoffmann cultive um diálogo mais aberto e transparente e que dê maior atenção à minoria no Congresso Nacional.
Jayme Campos ressaltou que a Casa Civil cumpre um importante papel ao dar assistência à chefe do governo, determinar as diretrizes da ação governamental. Também cabe à Casa Civil, enfatizou, a análise das propostas a serem enviadas ao Parlamento.
- Vejo com extremo otimismo o momento em que ocorre esta mudança. Alimento uma grande confiança no exercício das funções e prerrogativas da nova ministra, principalmente no que concerne a seu equilibrado desempenho quanto à análise do mérito, conveniência e conformidade das propostas a serem enviadas pelo Executivo ao Parlamento - considerou.
Jayme Campos sublinhou ser necessária coerência, especialmente na edição de medidas provisórias. Com uma gestão "mais profissional", referindo-se à nomeação de Gleisi Hoffmann, Jayme Campos avalia que poderá haver "mais harmonia e respeito" na discussão de importantes projetos, em que prevaleça "a lógica, o bom senso e a clareza".
- Acredito termos amadurecido para além das paixões e imposições partidárias, em prol da cooperação e ajuda mútua, com ações mais coordenadas, nas imperiosas demandas políticas da governabilidade, com efetiva parceria entre governo e oposição, num ambiente de cordial consideração e dignidade, no qual se valorizem as boas ideias e o interesse nacional, independentemente da paternidade ou dos dividendos eleitorais das iniciativas em questão - sugeriu.
Ele mencionou vários episódios ligados à Casa Civil, como a ligação do ex-ministro José Dirceu com o escândalo do mensalão, a demissão de Lina Vieira da Receita Federal, o escândalo dos "aloprados", o caso de tráfico de influência de Erenice Guerra e, agora, o suposto enriquecimento ilícito de Antônio Palocci.
A nomeação de Gleisi Hoffmann inaugura, na sua avaliação, um novo tempo de moralidade administrativa e eficiência na gestão da Casa Civil. Porém, o senador insistiu que, na relação com o Congresso Nacional, a minoria seja ouvida com mais respeito.
08/06/2011
Agência Senado
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