João Ribeiro pede atenção para microempresários



As micro e pequenas empresas devem receber um tratamento privilegiado na formulação de um novo modelo de desenvolvimento, principalmente no âmbito da reforma tributária que está sendo discutida no Congresso. A recomendação é do senador João Ribeiro (PFL-TO), que destacou, em discurso no Plenário nesta sexta-feira (8), o papel dessas empresas na geração de empregos e de riquezas para o país e também apontou caminhos para as mudanças.

Para que se modifique o modelo geral, considerou o senador, é preciso alterar o padrão de desenvolvimento adotado até hoje pelo Brasil, segundo o qual -desenvolvimento se confunde apenas com crescimento econômico baseado na grande indústria-. A sugestão, disse ele, é que o Estado reorganize sua atuação, passando a agir de forma mais descentralizada e em parceria com a sociedade civil e a iniciativa privada.

Esse cenário de mudança deveria conter quatro estratégias, na opinião do senador: a elevação do potencial competitivo da empresas no contexto globalizado; a geração de empregos; a elevação da qualidade de vida da população (pela prestação de serviços de melhor qualidade); e o reconhecimento da influência dos pequenos negócios na redução das desigualdades e da pobreza.

João Ribeiro sugeriu a adoção, na reforma tributária, de mecanismos capazes de simplificar a burocracia do sistema, indicando, como orientação, as políticas praticadas pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Ele citou a simplificação de procedimentos de relacionamento com o Estado, a concessão de crédito e capitalização, e o desenvolvimento de tecnologias próprias, entre as práticas que a instituição oferece às empresas do setor.

Para o parlamentar, em termos práticos, a reforma tributária deveria permitir que o sistema simplificado de tributos, chamado Simples, seja estendido ao maior número de setores. Também deve ser feito, a seu ver, o reenquadramento das faixas e limites do Simples, de forma a considerar como microempresa aquela que fature até R$ 244 mil.

Outra alternativa viável para o senador João Ribeiro seria a criação de um bônus por adimplência, similar ao já utilizado para as pessoas jurídicas, tributadas com base no lucro real e, ainda, de modelo de incentivo à pesquisa tecnológica.



08/08/2003

Agência Senado


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