Jorge Viana é escolhido presidente de comissão temporária da Defesa Civil
O senador Jorge Viana (PT-AC) foi eleito, nesta quarta-feira (4), presidente da comissão temporária que vai analisar propostas de alterações no Sistema Nacional de Defesa Civil. O objetivo é sugerir modificações para acelerar e aperfeiçoar o trabalho da Defesa Civil, com foco principal na prevenção de tragédias, e não apenas no atendimento às vítimas. Os senadores Inácio Arruda (PCdoB-CE) e Casildo Maldaner (PMDB-SC) foram escolhidos, respectivamente, vice-presidente e relator. O grupo terá 90 dias para apresentar sugestões.
- Temos quer ser objetivos e dar uma contribuição efetiva para que se salvem vidas, possamos ter um sistema responsável de monitoramento e prevenção e, ao mesmo tempo, um eficiente sistema de socorro às vítimas dos problemas que o nosso país, de tamanhos continentais, vive: ora seca, ora enchente, ora desmoronamento, ora cheia. Com profissionalismo e um sistema responsável, é possível, sim, evitar muitas mortes - disse Jorge Viana.
Segundo o senador, a ideia é avaliar o sistema de Defesa Civil no país e, a partir daí, propor mudanças para garantir, por exemplo, prioridade na hora de se discutir o orçamento. Outro ponto é a criação de uma força nacional de Defesa Civil, com pessoal qualificado e equipamentos adequados para o deslocamento das equipes de atendimento de uma região para a outra, dependendo da necessidade. O senador também pretende estudar exemplos de sucesso de outros países, como Chile, Espanha, Japão e Estados Unidos.
Os membros da comissão devem visitar locais atingidos por desastres nos últimos anos, em estados como Alagoas, Pernambuco, Maranhão, Santa Catarina e Rio de Janeiro. Também serão realizadas audiências públicas com especialistas.
Jorge Viana afirmou que, na próxima semana, os parlamentares devem aprovar o plano de trabalho da comissão, mas adiantou que não pretende estabelecer uma rotina de reuniões semanais.
- Queremos encontrar uma maneira de aproveitar melhor o tempo dos senadores e de eventuais convidados. A comissão deve ter uma ação externa importante, para poder mais rapidamente se apropriar das ideias, das propostas, e ter um contato real com os problemas - explicou o senador.
04/05/2011
Agência Senado
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