Jorge Viana exalta o exemplo de vida de Danielle Mitterrand




O senador Jorge Viana (PT-AC) exaltou, em pronunciamento nesta segunda-feira (28), a "vida extraordinária" da ativista francesa Danielle Mitterrand, falecida no dia 22 de novembro. O parlamentar lembrou que a ex-primeira-dama da França, que era viúva de François Mitterrand (1916-1996), destacou-se como militante de esquerda e "relativizou a palavra impossível" em sua luta pelas causas sociais e ambientais: 

- Ela veio ao Brasil e criou um projeto chamado Mensageiros da Água. Ela queria garantir que todos tivessem acesso à água. Queria que a humanidade reconhecesse que a água é um bem natural que tem fim - disse o senador. 

O senador salientou que, quando governador do Acre, recebeu Danielle Mitterrand em seu estado e colaborou com seu projeto social. Jorge Viana disse que certa vez, aos 84 anos, depois de longa viagem, Danielle Mitterrand visitou Marechal Taumaturgo, "um dos menores municípios do Brasil", no oeste do estado, para se encontrar com os índios achanincas e registrar que o povo local tinha qualidade de vida.

- Madame Mitterrand nunca se curvou à ideia de medir a qualidade de vida de uma nação ou de um povo pelo produto interno bruto. Comemorou o surgimento do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), mas não ficou satisfeita. E tinha razão: renda per capita, escolaridade, expectativa de vida não são suficientes para medir um mundo complexo e multicultural - declarou. 

Para o senador, Danielle Mitterrand, que nasceu em Verdun, na França, em 1924, e faleceu em Paris, aos 87 anos, poderia ter passado os anos finais de sua vida com tranquilidade, mas seguiu viajando em busca de um mundo mais justo.

Refugiados haitianos no Acre 

Jorge Viana também mencionou audiência realizada hoje com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para discutir a situação dos refugiados do Haiti que se encontram no Acre em "situação de absoluto improviso". Segundo o senador, desde o grande terremoto que atingiu aquele país em 2010, mais de 3 mil haitianos entraram no Brasil, a maior parte através do Acre, no que vê indícios de tráfico de seres humanos.

O parlamentar também assinalou que, apesar dos esforços do governo do Acre, que já gastou mais de R$ 1 milhão para lidar com uma situação humanitária que, segundo disse, é de responsabilidade da União, a situação dos 550 refugiados haitianos no estado é insustentável. Jorge Viana pediu que o Palácio do Planalto, o Ministério das Relações Exteriores e o Ministério da Justiça tomem as devidas providências. 



28/11/2011

Agência Senado


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