JOSÉ JORGE DESTACA A ATUALIDADE DE NABUCO
José Jorge ressaltou o rigor ético de Nabuco e as lições da melhor política que deu em sua época, ao pregar o fim da exclusão social. O senador lembrou ainda o ingresso de Nabuco na Academia Brasileira de Letras, comentando suas obras, como Um Estadista do Império, que José Jorge considera uma obra-prima da literatura política.
- Não se recusa a Nabuco, escritor, político, diplomata, intelectual, abolicionista, cidadão, o fato de ingressar na história como exemplo de homem invulgar, pela aguda inteligência e inestimáveis serviços que prestou à nacionalidade - disse.
José Jorge ressaltou, ainda, a atualidade das idéias de Joaquim Nabuco, lembrando que ele foi um pioneiro do trabalhismo e defendeu reformas complementares à abolição da escravatura, juntando à questão da emancipação dos escravos a democratização do solo.
- A propriedade não tem somente direitos, tem também deveres, e o estado de pobreza entre nós, a indiferença com que todos olham a condição do povo, não faz honra à propriedade, como não faz honra ao Estado - disse José Jorge, citando Joaquim Nabuco.
O senador falou também sobre a Fundação Joaquim Nabuco, idealizada para estudar as condições de vida do trabalhador da região agrária do Nordeste e do pequeno lavrador, visando ao melhoramento dessas condições. Relembrando a sua criação, por Gilberto Freyre, "outro pernambucano notável", José Jorge disse que a Fundação tem feito jus ao nome de Joaquim Nabuco, prestando 50 anos de profunda dedicação ao país.
21/10/1999
Agência Senado
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