José Sarney homenageia jornalista Otávio Frias no centenário de seu nascimento
O senador José Sarney (PMDB-AP) prestou uma homenagem, nesta quinta-feira (9), ao jornalista Otávio Frias de Oliveiras, proprietário fundador do Grupo Folha, do jornal Folha de S. Paulo, em razão do centenário de seu nascimento, celebrado no último dia 5 de agosto. Em pronunciamento em Plenário, o senador classificou Frias como um profissional com papel fundamental na história do jornalismo brasileiro e que deve, agora, estar ao lado de grandes nomes da imprensa nacional, como José do Patrocínio, Carlos Castelo Branco, Evaristo da Veiga e Joaquim Serra. Otávio Frias morreu em 2007, vítima de insuficiência renal.
Sarney disse conheceu Otávio Frias em 1967, quando governava o Maranhão e foi entrevistado pela Folha para um suplemento de educação sobre um projeto de construção de escolas que havia implantado no estado. Sarney disse que a empatia entre os dois foi imediata e, a partir daí, surgiu uma relação de amizade que duraria quase 50 anos.
- Nem os caminhos desencontrados, nem as surpresas que o destino me preparou, conseguiu nos afastar. Sempre o mesmo carinho e sempre a perguntar sobre tudo. Nunca discutimos, sempre perguntamos. Esse vínculo passou à sua família, filhos e filhas, Cristina a mais de perto. Tínhamos sido testemunhas privilegiadas de todos os fatos da história do Brasil nos últimos 50 anos – lembrou o senador.
O talento e a visão de futuro de Otávio Frias foram citados pelo senador como motivadores para criação e consolidação da Folha de S. Paulo, como um jornal de vanguarda. Para Sarney, por décadas colaborador da Folha com uma coluna semanal, a figura do jornalista foi predominante e relevante para imprensa brasileira, não somente como testemunha, “mas como protagonista dessa revolução da nossa modernidade”, com todos os avanços tecnológicos ocorridos nas comunicações nas últimas décadas.
Sarney destacou ainda que Frias foi um homem despojado, austero no modo de vestir e falar e em seus hábitos. E apesar de dono de um império da comunicação, nunca colocou um pedaço deste império a serviço de sua vaidade pessoal.
- É difícil encontrar alguém que tenha sido tão firme em suas convicções de liberdade, de direitos humanos, de respeito à coisa pública, de coragem na hora de decidir, de enfrentar todas as iras para manter-se fiel ao seu patriotismo, a sua consciência, a sua missão de jornalista, que ele considerava a missão de informar – elogiou o senador.
09/08/2012
Agência Senado
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