Julgamento do mensalão contrapõe senadores do PSDB e do PT
O julgamento do mensalão (Ação Penal 470) pelo Supremo Tribunal Federal (STF) voltou a ser motivo de embate entre governo e oposição no Senado nesta terça-feira (18). Assim como há pouco mais de sete anos, quando o então deputado federal Roberto Jefferson, presidente do PTB, denunciou a existência de um esquema de compra de votos na Câmara dos Deputados, parlamentares do PSDB e do PT se colocaram em trincheiras opostas.
O líder do PSDB, senador Alvaro Dias (PR), anunciou que seu partido, juntamente com o DEM e o PPS, pedirá, depois do julgamento do Supremo, a abertura de investigações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por seu suposto envolvimento com o mensalão. Já o senador Jorge Viana, do PT do Acre, defendeu Lula, negando qualquer contato dele com um dos pivôs do escândalo, o publicitário mineiro Marcos Valério. Segundo matéria recente da revista Veja, o envolvimento de Lula com o esquema teria sido reconhecido por Marcos Valério – já condenado pelo Supremo – em conversas com pessoas próximas.
Alvaro Dias lembrou ter apresentado voto em separado, ao final da CPI dos Correios, em 2005, no qual pedia abertura de processo de impeachment contra Lula. E Jorge Viana acusou o PSDB de não ter condições de dar qualquer lição de moral, por ter sido o partido o verdadeiro criador do mensalão, em 1998, durante o governo do tucano Eduardo Azeredo em Minas Gerais.
Também o senador Aníbal Diniz (PT-AC) manifestou-se sobre o assunto e defendeu o ex-presidente Lula.
18/09/2012
Agência Senado
Artigos Relacionados
Anibal Diniz: julgamento do mensalão não teve efeito esperado pelo PSDB
Senadores comentam decisão do STF de reabrir julgamento do mensalão
STF inicia julgamento de 40 acusados no "esquema do mensalão"
Alvaro Dias: julgamento do ‘mensalão’ pode valorizar STF
Alvaro Dias diz ter esperança de encerramento do julgamento do mensalão
Simon lança livro sobre julgamento do mensalão