Júlio Eduardo denuncia crimes ambientais



Em discurso nesta sexta-feira (dia 2), o senador Júlio Eduardo (PV-AC) denunciou vários crimes ambientais dos quais tomou conhecimento durante período em que percorreu o país para ajudar na consolidação do Partido Verde. Único representante do PV no Senado, o parlamentar disse que se escandalizou com a ousadia dos devastadores que queimaram seis hectares de manguezal no Distrito de Diogo Lopes, município de Macau (RN).

O parlamentar elogiou a consciência da comunidade local. Também enalteceu o prefeito de Macau, José Antonio (PMDB), "por sua inserção social e qualidade de formação profissional". Na visita ao local devastado, o senador informou ter sido agraciado com o título, "talvez não muito condizente com o cargo de senador, mas dado com muito carinho pela comunidade", de "senador-caranguejeiro".

Em aparte, o senador Tasso Rosado (PMDB-RN) ressaltou a importância de se preservar o meio ambiente, mas defendeu que uma parte do mangue seja destinada a outras atividades econômicas. Júlio Eduardo afirmou que as áreas de manguezais são de preservação permanente, por se tratarem de ecossistemas de difícil reconstituição, e por isso é totalmente contrário à ocupação dessa região, mesmo que para desenvolver projetos de carcinicultura (criação de crustáceos).

O senador também criticou o que está sendo feito no aterro sanitário de Gramacho, no município de Duque de Caxias (RJ), onde as nove mil toneladas de lixo que chegam por dia ameaçam a desembocadura de dois rios na Baía de Guanabara. E elogiou a companhia estadual de gás do Rio de Janeiro, por vir ampliando a utilização do gás natural, que, segundo ele, é uma das formas menos poluentes de produção energética dentro dos modelos existentes no Brasil e no mundo. A recuperação dos lampiões do Parque do Colégio (região central de São Paulo), que agora funcionam com gás natural, foi também mencionada pelo senador.

02/02/2001

Agência Senado


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