Jussara Cony diz que Relatório da CPI frustrará o povo gaúcho




Pelas notícias divulgadas na imprensa sobre os rumos do relatório da CPI da Segurança Pública, a deputada Jussara Cony, líder do PCdoB, declara que, assim como a ela e a seu partido, o relatório frustará a expectativa do povo gaúcho, “pois de segurança não terá nada, não contribuirá, como era dever desse Poder Legislativo, para resolver problemas históricos no setor público da Segurança.”

A parlamentar afirma que “se a CPI não tivesse se desviado dos objetivos para a qual foi requerida, o secretário da Justiça e da Segurança, José Paulo Bisol, teria sido convocado desde o primeiro momento e não nos seus estertores, como ocorreu em 9 de novembro.” Lembra, ainda, que apesar do esforço efetuado pelo presidente do Legislativo, deputado Sérgio Zambiasi, na abertura dos trabalhos da CPI, quando declarou que “esta não será uma CPI política”, a mesma desviou a tal ponto seu objetivo que, efetivamente, se tornou uma CPI com incontestáveis propósitos políticos, às portas de um ano eleitoral, comprometendo a história da Assembléia Legislativa.

Para Jussara Cony a oposição tem a necessidade objetiva de desconstruir o governo da Frente Popular e um projeto de estado. “Apesar da ação raivosa dessa oposição, a vida real está dando respostas à própria base de sustentação dos antigos governantes e prepara as condições para o que é impensável às forças políticas que, historicamente, se apropriaram e se beneficiaram do Estado e do dinheiro público: a perspectiva concreta de um segundo mandato da Frente Popular no Rio Grande do Sul, na medida em que o nosso governo busca inverter a lógica de um Estado propriedade de poderosos grupos econômicos”, afirma a deputada.

A deputada comunista espera que o Ministério Público “investigue as denúncias que o relatório diz conter em prazo compatível com a necessidade e o direito da sociedade não se submeter à continuidade de um palanque eleitoral baseado nos interesses daqueles que, quando governo, não deram solução para a segurança pública e muito menos para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul.”



11/13/2001


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